A educação pública no Brasil e os principais desafios educacionais que deverão ser enfrentados pela pessoas que irão governar o País nos próximos quatro anos. Estes são os temas da V Conferência Estadual de Educação, que está acontecendo no Estação Convention Center, em Curitiba, e tem como tema “Avaliação das Políticas Educacionais – Avanços e Desafios: Propostas dos Trabalhadores da Educação para o Próximo Governo”.
Na manhã de ontem, um dos principais convidados do evento foi o sociólogo e cientista político paulista Emir Sader, que fez uma avaliação das políticas sociais do governo Federal. Segundo ele, o Brasil está vivendo um momento de resgate e fortalecimento da educação pública.
“Atualmente, existe no País um novo consenso progressista, que prioriza as políticas sociais e não mais os ajustes fiscais. A educação é um dos pilares fundamentais destas políticas”, afirmou.
Na década de noventa, de acordo com o sociólogo, aconteceu uma privatização generalizada da educação e que se fez bastante visível no ensino superior. Agora, o País está caminhando no sentido de recuperar sua educação pública de qualidade.
“Muita coisa foi feita com o intuito de resgatar a educação pública nos últimos oito anos. Foram abertas novas universidades, ampliadas as vagas para estudantes nas escolas, abertos concursos públicos para contratação de mais professores e criado o Prouni (Programa Universidade para Todos), que permitiu o acesso dos mais pobres à universidade”.
Em relação aos desafios educacionais para os próximos quatro anos, Emir acredita que o principal deles é acabar com o analfabetismo, que ainda atinge entre 9% e 11% da população brasileira. “Terminamos com a miséria material. Agora, temos que acabar com as misérias espirituais, sendo que a maior delas é o analfabetismo”.