Caminhoneiros não dão devida atenção à saúde

Ontem, foi dia de São Cristovão, considerado o padroeiro dos caminhoneiros. Para comemorar a data, o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Sest/Senat), em parceria com o Sindicato dos Caminhoneiros do Paraná (Sindicam-PR), ofereceu uma série de exames gratuitos aos condutores, cujos resultados não foram considerados muito animadores.

Foi verificado um grande número de caminhoneiros com excesso de peso, pressão alta, problemas de coluna, colesterol elevado e estresse. A maioria dos que passaram pelos exames também admitiu ser sedentária, dormir pouco e não manter uma alimentação balanceada.

?Os caminhoneiros geralmente possuem uma rotina pesada de trabalho e acabam esquecendo de cuidar da saúde. Isso é muito perigoso, pois a quantidade inadequada de horas de sono, algumas doenças e determinados medicamentos podem ameaçar a segurança dos condutores na estrada. Eles correm risco de passar mal ao volante e sofrer acidentes?, comentou o médico clínico geral do Sest/Senat, Walcimir Vieira.

Entre os medicamentos que podem causar problemas estão os chamados ?rebites?, estimulantes muitas vezes utilizados por caminhoneiros como forma de combater o sono. O médico também condenou a ingestão exagerada de cafeína, que também serve de estimulante, e gorduras por parte dos profissionais das estradas.

O caminhoneiro Dorivaldo Lewandoswki ficou assustado ao saber que estava nove quilos acima do peso normal. Alertado sobre os riscos da obesidade, ele prometeu que vai tentar adotar hábitos de vida mais saudáveis. ?Já tive problema de rim e não posso ficar acima do peso. Vou diminuir a ingestão de carne vermelha e tentar fazer algum tipo de exercício físico, de duas a três vezes por semana, entre uma parada e outra na estrada?, afirmou.

Já o caminhoneiro Antônio Carfi estava com a pressão um pouco acima do normal. Ele revelou que o dia-a-dia dos motoristas de caminhão é puxado, mas admitiu que eles geralmente não cuidam da saúde por preguiça e descaso. ?Temos como nos cuidar mais, mas geralmente não fazemos isso por desleixo. Eu mesmo assumo que há dois anos não passo por um check-up geral para saber como anda minha saúde.? 

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