Banco oferece chance de emprego aos adolescentes

Os adolescentes paranaenses que pertencem a famílias de baixa renda têm, agora, mais uma oportunidade de conseguir o difícil primeiro emprego. O Banco do Brasil lançou no Estado o Programa Adolescente Trabalhador, em que o jovem exerce atividades bancárias e ainda recebe treinamento e reforço escolar. No final de um período que pode chegar a dois anos, ele ganha um certificado de qualificação profissional. Para participar do projeto, o interessado precisa ter no mínimo 15 anos e no máximo 16 anos e 4 meses, além de estar matriculado na escola.

O alvo do programa é o jovem cuja família ganha até meio salário mínimo por pessoa. No banco, ele receberá remuneração de um salário mínimo, vales refeição e transporte e benefícios sociais, trabalhistas e previdenciários. Segundo Marlene Viero, gerente do Núcleo de Pessoas do BB, o objetivo do projeto é formar cidadãos, estimulando o desenvolvimento de valores éticos e profissionais.

O projeto foi lançado no País em 2001, de acordo com a Lei 10.097, que regulamenta o trabalhador aprendiz. No Paraná, ele começou a ser desenvolvido no mês passado, em Curitiba. Atualmente são 102 adolescentes trabalhando nas agências da capital. Até o final de 2003, de acordo com estimativas da gerente, em todo o Estado serão 300 jovens empregados.

Para a seleção dos candidatos, o Banco do Brasil possui um convênio com a Associação de Educação Familiar e Social do Paraná. Eles passam por um curso na instituição e os que obtiverem melhores notas são encaminhados a diversas empresas, entre elas o banco. Para participar, é preciso fazer a inscrição no Piá no Ofício, um programa da Secretaria Municipal da Criança, em qualquer Rua da Cidadania. No interior do Estado deve-se procurar qualquer agência do Banco do Brasil para obter informações.

Já na agência, os adolescentes realizam tarefas do dia-a-dia e recebem treinamento em teoria bancária e cidadania, além do reforço escolar em português e matemática. “Ainda é cedo para fazer uma avaliação, mas a gente percebe uma boa vontade dos adolescentes e dos funcionários no programa”, conta Marlene.

Uma das trabalhadoras aprendizes é Dafne Margareth, de 15 anos, moradora na Vila das Torres e que estava procurando emprego para ajudar no sustento da família. Dafne comenta que a satisfação é muito grande ao aprender as tarefas, e. já faz planos para a carreira. “Estou pensando em seguir na profissão. O trabalho é muito gostoso.”

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