Baixa umidade deixa Curitiba em alerta

A baixa umidade do ar e o sobe-e- desce da temperatura estão fazendo com que muitas pessoas sofram em função de problemas respiratórios. Em Curitiba, pacientes têm procurado com maior intensidade serviços de saúde em busca de tratamentos para gripes, resfriados, rinite, bronquite, asma, sinusite, amidalite, otite, entre outras doenças.

?As consultas por doenças do aparelho respiratório vêm aumentando desde março. Na primeira semana daquele mês, entre os dias 4 e 10, foram 8.920, que representam 14,5% de um total de 61.342 consultas gerais. Já entre os dias 17 e 23 de junho, de 76.264 consultas, 22.497 (29,5%) foram por problemas respiratórios. Esses não são de notificação obrigatória?, comenta a diretora do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde, Karin Luhm.

Os principais sintomas das doenças respiratórias, dependendo do tipo, são tosse, coriza, febre e dor de garganta. Embora os adultos também sejam bastante atingidos pelas enfermidades, as maiores vítimas costumam ser as crianças, principalmente as pequenas. ?As crianças geralmente adquirem mais gripes e resfriados porque passam mais tempo em ambientes fechados, como a escola. Além disso, elas têm menos imunidade, pois ainda estão na fase de formação de anticorpos?, diz a pediatra do hospital infantil Pequeno Príncipe, na capital, Lenira Facin.

Para minimizar a incidência de doenças respiratórias, Karin e Lenira aconselham as pessoas a manter os ambientes limpos e bem ventilados; lavar as mãos com freqüência; cuidar para que a carteira de vacinação se mantenha em dia; ter uma alimentação saudável (rica em frutas e verduras); se agasalhar na medida certa; e procurar atendimento médico precoce para crianças e idosos. Em relação à umidade, é importante evitar tanto o excesso quanto a escassez. Em dias de baixa umidade, é aconselhável usar vaporizadores e colocar uma toalha molhada ou uma bacia com água no quarto no período da noite. Já em períodos muito úmidos, deve-se cuidar com a produção de mofo, que também é capaz de causar comprometimentos no sistema respiratório.

Problema

O garoto Douglas Rafael Felis Vieira, de 5 anos, é uma das centenas de pessoas que periodicamente procuram as unidades de saúde da capital para tratamento de problemas respiratórios. Ele sofre de bronquite e periodicamente necessita de inalação.

?O inverno é muito difícil para o Douglas. Ele sente cansaço, espirra muito, tem tosse seca e fica sem apetite. Nestes últimos dias, em que o tempo está seco, ele tem sofrido bastante. Já chegou a perder aula em função das crises respiratórias e, no ano retrasado, teve que ficar internado oito dias devido à dificuldade de respirar?, revela a avó do menino, Márcia Regina Felis Alves. 

Voltar ao topo