Aumenta adesão à greve na Justiça do Trabalho

Subiu para 39 o número de varas da Justiça do Trabalho de 12 municípios paranaenses paradas por tempo indeterminado, em adesão à greve dos servidores da Justiça do Trabalho deflagrada em quase todo o País. Reivindicando a aprovação do Plano de Cargos e Salários na Câmara Federal e no Senado até 30 de junho – prazo estabelecido pela Justiça Eleitoral para que o projeto seja implantado ainda este ano, os servidores de Londrina, Guarapuava e Apucarana, juntaram-se ontem aos trabalhadores das varas de Maringá, Foz do Iguaçu, Colombo, Arapongas, Araucária (paralisação parcial), Irati, Ivaiporã e São José dos Pinhais, que já estão em greve desde quinta-feira. Em Curitiba, 16 das 20 varas estão paradas desde quarta-feira. As demais funcionam precariamente.

Segundo o Sindicato dos Servidores da Justiça do Trabalho do Paraná (Sinjutra/PR), a greve deverá ganhar ainda mais força na próxima semana. As varas de Dois Vizinhos, Jacarezinho, Umuarama, Pato Branco e Cianorte já teriam deliberado em favor da greve e deverão aderir ao movimento a partir de segunda-feira, o que elevaria o número de varas paralisadas para 45. "Nessa primeira semana concentramos os trabalhos de mobilização em Curitiba e Região Metropolitana. As varas do interior que aderiram à greve o fizeram espontaneamente. A partir de segunda-feira, estaremos com grupos de trabalho em todo o Estado e as adesões tendem a aumentar ainda mais", comentou o presidente do sindicato, José Padilha.

Reunião

Wanda: preocupação.

A presidente do TRT/PR, juíza Wanda Santi, recebeu, na última quinta-feira, representantes do Sinjutra/PR para discutir a greve e seus desdobramentos.

Durante o encontro, a magistrada reconheceu o direito constitucional do movimento, mas demonstrou a preocupação com a manutenção dos serviços essenciais, ponderando sobre a possibilidade de retorno ao trabalho de servidores para confecção de guias de retirada e realização de audiências.

Os integrantes do sindicato expuseram os motivos que levaram a categoria a deflagrar greve por tempo indeterminado, informando que a única pauta é a aprovação do plano. O presidente do sindicato explicou que o projeto tramita desde agosto de 2005, tendo, nesses nove meses, a aprovação de apenas duas comissões da Câmara, devendo ainda num período de 40 dias tramitar pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara e do Senado, só então indo ao Executivo para sanção presidencial.

Padilha esclareceu que, mesmo nas varas do trabalho onde a paralisação afetou o atendimento ao público e a realização de audiências, está sendo observada a manutenção mínima de servidores. Assim, ele garantiu que as medidas emergenciais estão sendo atendidas, como o caso da recepção de mandados de segurança e medidas cautelares.

Voltar ao topo