Apaixonado pelo futebol escreve livro sobre copas

A paixão pelo futebol e a vontade de conhecer novos lugares fez com que o bancário aposentado e ex-jogador de futebol, Rubens Nascimento, 74 anos, “participasse” de catorze copas do mundo. Ele coleciona lembranças dos mais de sessenta países que já visitou e as curiosidades dos campeonatos mundiais no livro Copas e Copos, que pretende lançar em setembro deste ano.

Esse não será o primeiro trabalho dele. Rubens Nascimento já escreveu e editou outros livros, com crônicas, histórias da família, e claro, sobre futebol. “Costumo dizer que não escrevo, desabafo”, comenta Rubens, que revela seu mais novo sonho: treinar uma equipe de futebol. Se não conseguir o respaldo de uma grande equipe de Curitiba, trabalhará com quarenta meninos de até 17 anos, que participam de uma escolinha de futebol na capital.

Quem está apostando nesse trabalho é o técnico em informática Roberto Zancope, que também trabalha com os meninos. Roberto disse que se empolgou com a idéia de ter Rubens treinando os jogadores depois que leu o livro Futebol sem Segredo, também publicado pelo aposentado. No livro, ele revela vários segredos do esporte, mas principalmente a forma de fazer o chamado futebol arte. Mas para realizar esse trabalho, a escolinha precisa de patrocinadores, pois a maioria dos meninos é carente e muitos nem têm o dinheiro para o transporte.

Experiências

Rubens Nascimento nasceu no interior paulista. Na década de 40 veio para o Paraná. Dos 20 aos 27 anos foi jogador titular da equipe do São Paulo. Só não ficou como contratado do clube, porque preferiu ficar perto da família e com o trabalho no banco, onde era gerente.

A primeira Copa do Mundo que Rubens Nascimento assistiu foi a de 1950, no Brasil. Ele comenta que para ir ao Rio de Janeiro, junto com dois amigos, começou a guardar dinheiro um ano antes. Realizado esse sonho, viu que não seria tão difícil e, então, resolveu presenciar os próximos mundiais, que somam catorze. Agora, Rubens diz que está se preparando para assistir a próxima Copa do Mundo na Alemanha.

A Copa que mais marcou, na opinião do aposentado, foi a da Espanha, pois o Brasil participou com uma equipe que considerou “colossal”. Entre os jogadores, estavam Zico, Sócrates, Falcão e Toninho Cerezo. Já no México se sentiu em casa. Nascimento conta que os mexicanos gostam muito dos brasileiros. “Os discos que mais vendiam no México na época eram do Roberto Carlos e Nelson Ned”, contou. Na Copa do Japão e da Coréia, Roberto revelou que gostou muito da segurança, mas comentou que o Brasil conquistou o pentacampeonato “por pura sorte”.

Jornalista propõe o marketing do silêncio

Joseane Martins

Diante do excesso de ruídos produzido por veículos, indústrias, danceterias e estabelecimentos comerciais, restou ao jornalista José Fiori propor o marketing do silêncio. A proposta poderá ser encontrada no livro Textos para Ouvir – Um Ensaio sobre a Eutopia do Silêncio, de 160 páginas, que será lançado de forma independente no final de agosto deste ano.

O título faz uma alusão à um lugar feliz (eu) inexistente (utopia). O objetivo do autor é levar à população a reflexão sobre a necessidade do silêncio, por mais inatingível que pareça.

José Fiori reconhece a importância dos desenvolvimentos econômicos das cidades e empresas, entretanto acredita que o barulho, que está sendo produzido principalmente nos grandes centros urbanos, tem conotação de poder, algo ditatorial. “Não é porque o silêncio é utópico que tem que se legitimar o barulho. É preciso impor limites”, ressalta.

Conquista

A conquista desse sossego, diz ele, é possível com educação e a cobrança de direitos. Nos anexos e apêndices, Fiori coloca as leis, normas e procedimentos pertinentes à questão ambiental. Poucas pessoas sabem, porém o excesso de barulho é proibido até mesmo durante o dia. O grande problema está em fazer valer a legislação. “Temos caminhos, mas infelizmente é um processo moroso, principalmente em se tratando da polícia”, explica.

No caso de sons excessivos produzidos por empresas, indústrias e estabelecimentos comerciais, o caminho é a Polícia de Ordem Social, que segundo Fiori, não funciona. As denúncias também podem ser feitas na Promotoria Estadual do Meio Ambiente, Instituto Ambiental do Paraná (IAP), ou ainda na Câmara de Vereadores. Além de denunciar, o autor propõe a educação de base nas escolas e em casa e também a procura de “templos do silêncio”. Embora nem todos os parques, bosques e jardins sejam sinônimos de silêncio, eles podem servir como alternativas. “Não podemos transformar o meio ambiente numa latrina de poluição sonora. É preciso que as empresas inibam o barulho”, sugere.

Surdez

Segundo o jornalista José Fiori, o limite do som é de até setenta decibéis, mas depende do tempo de exposição. Se a pessoa ficar exposta constantemente a esse limite, ela corre o risco de ter surdez irreversível.

O livro foi preparado ao longo dos dois últimos anos e traz cartas de leitores dos jornais, textos jornalísticos e matérias que falam sobre a poluição sonora. O jornalista também faz parte da ADDS Associação de Defesa do Direito ao Silêncio (ADDS), na qual já atuou como presidente.

 

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