Na espera

Antigos problemas ainda preocupam veranistas

Além da preocupação com a engorda da praia de Matinhos e as marginais da PR-412 – mostrada semana passada no Parana-Online – outras questões tiram a tranquilidade dos veranistas que escolhem o litoral paranaense como destino para curtir a temporada de verão. Outro sonho dos veranistas está longe de ser atingido. Mesmo sendo divulgada a fase de estudos de viabilidade, poucas são as informações sobre a construção de uma ponte sobre a Baía de Guaratuba, que substituiria o ferry boat, prevista no projeto da Rodovia Interportos.

Além disso, os veranistas se preocupam com questões de infraestrutura que costumavam causar transtorno em outras temporadas, como é o caso dos problemas com a coleta de lixo e limpeza das praias, alagamentos, falta de água e praias impróprias para banho. Apesar de terem preocupado os turistas em temporadas anteriores, autoridades locais garantem que ninguém terá que se preocupar com essas questões neste ano.

No papel

Apesar de estar prevista na Constituição Estadual do Paraná, em vigor desde 1988, a construção da ponte sobre a Baía de Guaratuba continua no papel. De acordo com o artigo 36 do documento, ‘o Estado promoverá concorrência pública entre firmas nacionais, internacionais ou grupos de empresas, para a construção de uma ponte sobre a baía de Guaratuba, cujo pagamento será feito com a cobrança de pedágio pelo prazo máximo de 15 (quinze) anos’.

Mesmo passados mais de 20 anos desde a promulgação da Constituição, a administração estadual, além de não ter cumprido a determinação, raramente se manifesta sobre o assunto. Uma das únicas menções a respeito da obra aconteceu em 2010, quando o então governador Orlando Pessuti (PMDB) anunciou a abertura de um processo de licitação para a realização de estudos de viabilidade técnica da Rodovia Interportos. O projeto, que prevê a integração dos portos entre Garuva (SC) e Santos (SP), contempla a implantação de uma ponte de 800 metros sobre a baía, que faria parte da rodovia.

Projeto

Os editais lançados no ano passado previam um prazo de 17 meses para a execução dos estudos, mas a realização dependia da definição da empresa responsável pelo projeto, que aconteceria em dezembro. No entanto, com o término da gestão de Pessuti e o início do governo de Beto Richa (PSDB), a questão ficou esquecida e não se sabe se houve continuidade do projeto. Procurado pela reportagem para fornecer informações sobre seu o andamento, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), responsável pelo acompanhamento do projeto, não retornou o contato.