Acidente prejudica empresas aéreas

O acidente com o cargueiro DC-10 da empresa Cielos del Peru, que derrapou na pista do Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, às 22h55 do último dia 6, trouxe transtornos e prejuízos às companhias aéreas que operam no local, principalmente no terminal de carga.

Após derrapar, o cargueiro encalhou nas proximidades da pista principal, que desde então só pode ser utilizada com restrições, isso é, só em casos de emergência e grande fluxo de aeronaves. A pista principal tem 2.215 metros de comprimento. Operando com restrições, apenas 1.315 metros dela podem ser utilizados. Os pousos e decolagens estão sendo realizados pela pista auxiliar, que tem 1.800 metros e não é considerada própria à utilização de aviões de grande porte.

O incidente com a aeronave também resultou em danos no equipamento ILS-2, que auxilia nos pousos e decolagens quando as condições de visibilidade não estão boas. Duas antenas do equipamento foram quebradas, o que o deixou inoperante. Assim, em dias de neblina forte o funcionamento normal do aeroporto internacional fica comprometido, aumentando o número de vôos atrasados ou cancelados.

Cargueiros

Até ontem, segundo a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), que administra o Afonso Pena, treze cargueiros foram afetados pelo problema e não puderam pousar ou decolar do Afonso Pena. Produtos eletrônicos e peças para montadoras de Curitiba deixaram de ser descarregadas. A Infraero informa que a viação de passageiros não foi afetada pelo incidente, mas companhias aéreas já registraram inúmeros atrasos e cancelamentos de vôos.

Vôos cancelados

De acordo com a TAM, desde o dia do acidente, setenta vôos foram cancelados e deixaram de decolar do Afonso Pena. A companhia opera cerca de 42 vôos diários na capital paranaense. “No último domingo, quando o aeroporto ficou fechado das 18h às 7h10 de segunda-feira, 23 vôos foram cancelados”, comunica a assessoria de imprensa da companhia.

A Vasp não opera cargueiros no Afonso Pena, mas diz já ter tido problemas com vôos de passageiros. O gerente de aeroporto da companhia, José Carlos Moletta, conta que sete vôos já tiveram que ser cancelados desde que o DC-10 derrapou. “Sempre que um vôo atrasa, é difícil fazer com que os passageiros entendam o que está acontecendo, porém, no fim todos acabam tendo bom senso e prezando pela segurança”, afirma. “A companhia tem transtornos ao ter que acomodar os passageiros em outras conexões e prejuízos ao ter que garantir alimentação, transporte e hospedagem a eles.”

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