161-Narcodenúncia leva 68 à prisão em um mês

Em trinta dias de funcionamento, o projeto 161-Narcodenúncia recebeu cerca de 2 mil ligações, e conseguiu dar atendimento e solucionar cerca de 40% das denúncias. O projeto é uma iniciativa inédita no Brasil, onde por meio de um único número telefônico é possível atender todas as cidades do Paraná. O serviço foi lançado pelo governo do Estado para combater o uso e tráfico de drogas, e nesse primeiro mês conseguiu apreender 407 kg de drogas e deter 68 pessoas.

Segundo o chefe do Centro Integrado 190 da PM e coordenador do projeto, major Jorge Costa Filho, por meio dessa iniciativa está sendo possível traçar um panorama do tráfico e consumo de drogas no Paraná. Além das informações que chegarem através do 161, todas as outras apreensões feitas no Estado entrarão para as estatísticas e ajudarão no banco de dados.

Costa disse que o Estado foi dividido em seis grandes regiões de atuação ? Curitiba, Ponta Grossa, Londrina, Maringá, Cascavel e Pato Branco?, porém é possível dar atendimento em todas as cidades do Paraná. “O denunciante passa a informação, que é repassada para a central de operações da localidade onde a situação está ocorrendo. Isso possibilita que o projeto tenha uma abrangência ampla”, explicou.

Mapa

O sucesso do sistema, comenta o major, está no anonimato, já que em nenhum momento as pessoas são identificadas ou localizadas durante as denúncias. “Isso facilita para que as pessoas tenham coragem de denunciar”, disse. Nesse primeiro mês de funcionamento, o Narcodenúncia recebeu a maioria das ligações de Curitiba, Maringá, Cascavel, Ponta Grossa, São José dos Pinhais e Colombo. Porém, o maior número de apreensões de drogas ocorreu nas regiões de Pato Branco, Cascavel e Foz do Iguaçu.

A partir de agosto o projeto deverá ser ampliado, pois serão contratados noventa atendentes que vão ser treinados para trabalhar no projeto. Atualmente, explica o secretário de Justiça do Paraná, Aldo Parzianello, o atendimento é feito por 36 policiais militares, mas passará a ser feito por portadores de necessidades especiais que serão contratados para atuar no programa.

Estratégias

Além do atendimento pelo telefone 161, o projeto também vai atuar nas escolas do Paraná, por meio da distribuição de uma máscara e um adesivo para os alunos. No material estão impressos informações sobre o serviço, que servirão como uma proteção aos jovens e adolescentes. “Se o traficante ver que o aluno tem o adesivo nem vai tentar abordá-lo”, disse Parzianello. O major Costa confirmou que através do serviço também vem recebendo denúncias contra policias civis e militares e funcionários públicos. Ao todo já foram 86 denúncias, que segundo Costa, estão sendo investigadas.

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