Para senador tucano, Lula fez um ‘papelão’ ao prometer acabar com filas

O senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) foi hoje à tribuna do Senado para declarar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um "papelão" ao prometer acabar com as filas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). "Segundo ele (Lula) ‘somente as filas inumanas e anormais vão acabar’. Parecer até o ex-ministro Rogério Magri (do Trabalho) falando dos ‘imexíveis", disse.

Segundo Barros, essa é mais uma gafe de Lula. "Esse é o presidente da República, neófito em todos os assuntos, não sabe nada de coisa nenhuma. Não consegue produzir uma peça que possa ser reconhecida", declarou.

Como exemplo de "falta de preparo" de Lula para comandar o País, o senador citou números apresentados pelo presidente sobre a geração de empregos no governo. O tucano disse que é uma mentira a afirmação de Lula de que, no governo Fernando Henrique Cardoso, foram criados, em média, 8 mil empregos formais por mês e, no mandato petista, 108 mil.

"Segundo Levy (secretário do Tesouro Nacional), o aumento na oferta de empregos formais no governo Lula foi de apenas 50% em comparação com o governo FHC. Se o governo FHC ofereceu 8 mil empregos formais por mês, 50% de 8 mil são 12 mil e não longínquos 108 mil, como mentiu o presidente da República" discursou.

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), disse que a população brasileira vê que Lula é "despreparado" para a função. "O País está aprendendo que é preciso eleger alguém preparado para exercer a Presidência da República. Lula é simplório", afirmou. Para Virgílio, um caso clássico de "despreparo" do presidente é a recente declaração dirigida aos empresários. "Ele (Lula) disse que os empresários poderiam ficar tranqüilos, porque não iria fazer nenhuma imbecilidade na economia", disse o tucano.

Ao dar esse exemplo, o líder do PSDB não conseguiu conter o riso. "O que o presidente deveria falar neste momento: que só iria tomar decisões responsáveis e que não haveria nenhuma surpresa", afirmou. Para o tucano, diante de tantas "bobagens", o presidente está perdendo o respeito até mesmo de seus auxiliares.

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