São Paulo – O presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), admitiu hoje que a indecisão do partido em definir o candidato a presidente é prejudicial. A partir de conversas com o prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), e o governador Geraldo Alckmin (PSDB), pré-candidatos a presidente, além de outros tucanos, a legenda quer definir o nome do candidato até o início de março.
Jereissati afirmou que pretende trabalhar bastante para anunciar essa decisão logo após o carnaval. Ele negou que a legenda seja prejudicada por uma suposta hesitação de Serra em deixar a Prefeitura para disputar a Presidência.
"A indecisão é do partido", disse, reconhecendo que há "uma ansiedade enorme" entre os tucanos em relação à escolha. Mais uma vez, Jereissati negou que a sigla possa convocar uma convenção para a escolha do candidato, alegando que a agremiação é grande e que o entendimento será articulado entre os líderes, o prefeito de São Paulo e Alckmin.
"Temos várias opiniões e vamos tirar a média", acrescentou, ao comentar afirmações de que seria necessário uma aclamação do PSDB para que Serra deixasse a administração municipal.
O presidente nacional do PSDB não endossou críticas de tucanos à atuação do ex-presidente Fernando Henrique, que poderia ter prejudicado o desempenho dos candidatos da legenda.
"O presidente Fernando Henrique é a liderança mais importante do partido e tem o nosso respeito. É uma voz autorizada do PSDB", disse, referindo-se a comentários de que a rejeição a Fernando Henrique prejudicaria o desempenho do prefeito e do governador de São Paulo contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.