Operações com cartão devem crescer 26% este mês

São Paulo – O mercado de cartões de crédito deverá registrar este mês o melhor desempenho dos últimos seis anos. Impulsionado pelas compras de Natal, o faturamento do setor, representado pelo volume de transações, deverá alcançar R$ 14,5 bilhões no mês, com crescimento de 26,7% em relação a dezembro de 2004. As estimativas são da Credicard, que divulgou hoje (12) o estudo Indicadores do Mercado de Meios Eletrônicos de Pagamento. A esperada expansão de 26,7% deverá ser a maior já verificada em dezembro desde o ano 2000. O número de transações deverá ser de 157,3 milhões, o que representa uma média de 3.500 transações por minuto.

Os bons resultados de dezembro impulsionarão o faturamento do mercado de cartões de crédito no ano. A expectativa da Credicard é que a receita do segmento alcance R$ 127,6 bilhões, com crescimento de 27,1% em relação a 2004 – aumento que também é o maior dos últimos seis anos. O número de transações previsto para 2005 é de 1,45 bilhão, com uma compra média de R$ 88.

O total de cartões de crédito em circulação no País somará 66 milhões até o fim de 2005. Tomando-se como base o índice de crescimento real (descontada a inflação pelo IPCA), o setor deverá crescer neste ano 20,4%, bem acima dos últimos exercícios. A expansão real foi de 5,1% em 2002, 9,2% em 2003 e de 12,8% em 2004.

O mercado de cartões de crédito deverá apresentar forte crescimento em 2006, embora menor que o deste ano, segundo expectativa da Credicard. De acordo com as projeções da empresa, o volume de transações alcançará R$ 155,6 bilhões, com expansão nominal de 22% e real (descontada a inflação medida pelo IPCA) de 16,6%. Neste ano, o mercado deve avançar 26,7% em termos nominais e 20,4% em termos reais sobre 2004.

O diretor-executivo de Marketing da Credicard, Fernando Chacon, disse que, entre os principais motivos da evolução esperada para o segmento no próximo ano, estão a ativação dos cartões emitidos em 2005, a elevação no número de estabelecimentos credenciados fora dos grandes centros urbanos e o aumento do hábito de utilização do cartão pelos portadores mais antigos, em substituição a outros meios de pagamento.

O crescimento será menor que o deste ano, segundo Chacon porque a base de comparação já é forte. "As projeções para 2006 são conservadoras e é possível que sejam revistas caso se concretize um cenário econômico mais positivo", afirmou. As estimativas se baseiam em um crescimento de 3,4% para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2006, contra alta de 2,3% esperada para este ano.

Com a expansão prevista para 2006, a participação dos cartões no consumo privado nacional atingirá 13,2%. Neste ano, a fatia deverá ficar em 11,7%, contra 10,3% em dezembro de 2004, representando o maior crescimento absoluto (em pontos porcentuais) dos últimos dez anos. "A expansão do número de cartões de crédito entre a população de baixa renda será um dos fatores que impulsionarão o mercado em 2006", disse Chacon, lembrando que o mesmo já aconteceu neste ano.

Voltar ao topo