Van Rompuy: UE pode usar todas as opções contra Líbia

A União Europeia (UE) está disposta a usar “todas as opções necessárias” para combater os ataques a civis que estão sendo realizados pelo regime da Líbia, afirmou hoje o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, ao final de uma cúpula de líderes europeus. O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, que também participou da reunião, disse que os líderes concordaram que o ditador Muamar Kadafi tem de deixar o poder e ampliaram o congelamento dos ativos do país.

Segundo Van Rompuy, os líderes europeus expressaram “profunda preocupação” com os ataques a civis na Líbia, incluindo ataques aéreos. “Para proteger a população civil, os Estados membros vão examinar todas as opções necessárias, desde que haja uma necessidade demonstrada, uma base legal clara e apoio da região”, disse.

Van Rompuy informou que a UE reconhece como um interlocutor legítimo o oposicionista Conselho Nacional Interino da Líbia, com sede em Benghazi, e que as sanções contra o regime de Kadafi poderão ser ampliadas. “Nós temos a situação sob análise constante e mantemos a pressão”, disse Van Rompuy. “O Conselho Europeu saúda e estimula o Conselho Nacional com sede em Benghazi, que é considerado um interlocutor político”, declarou.

“Nós precisamos estar prontos para agir”, afirmou Cameron ao fim da reunião. O premiê britânico disse que, embora a velocidade da reposta internacional – em particular a resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas – tenha sido impressionante, a União Europeia, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e países de todo o mundo precisam estar prontos para fazer mais.

Angela Merkel, chanceler da Alemanha, no entanto, afirmou que está “fundamentalmente cética” com relação a uma ação militar contra a Líbia e que seu país só vai participar de tal ação com uma aprovação clara de parceiros regionais e da legislação internacional. “Agora não é de modo algum o momento para uma ação militar”, disse Merkel, acrescentando que tal medida devem ser avaliada primeiro pela Liga Árabe e pela União Africana e dificilmente seria aprovada por eles. As informações são da Dow Jones.

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