Santos: negociações com governo venezuelano avançam

O presidente Juan Manuel Santos anunciou hoje que as negociações estabelecidas recentemente com seu colega venezuelano Hugo Chávez “estão produzindo resultados”, tanto que os embaixador designado pela Venezuela na Colômbia, Iván Rincón, afirmou que os dois países devem “virar a página” de suas desavenças.

Com a posse de Santos em 7 de agosto e a manifestação de Bogotá no sentido de melhorar as relações, Chávez viajou para a cidade costeira de Santa Marta, na Colômbia, e anunciou a retomada das relações e a designação de novos embaixadores, assim como a criação de cinco comissões de trabalho para abordar diferentes temas pendentes.

Entre essas comissões, os dois presidentes concordaram em criar uma que trate do pagamento de dívidas de US$ 800 milhões, referentes à exportação de produtos da Colômbia. “As comissões bilaterais que estabelecemos com o presidente Chávez estão trabalhando e produzindo resultados”, disse Santos, em discurso realizado em Medellín e transmitido ao vivo pela rádio da presidência. “A Comissão de Administração de Divisas do governo venezuelano (Cadivi) se comprometeu a fazer o primeiro pagamento de US$ 200 milhões”, acrescentou.

Dessa primeira parcela de US$ 200 milhões, já foram pagos, ontem, os primeiros US$ 70 milhões. “Fico satisfeito que possamos dizer que US$ 70 milhões já foram recebidos”, disse Santos. A dívida surgiu quando em meados de 2009 Chávez anunciou o “congelamento” das relações políticas e comerciais com Bogotá, que mais tarde resultou na ruptura das relações em julho deste ano.

Além de paralisar a compra de artigos colombianos – de peças de automóveis a carne e leite – Caracas deixou pendentes os pagamentos de compras realizadas anteriormente, segundo empresários colombianos.

Após pelo menos dois anos de constantes divergências políticas entre Caracas e Bogotá, por causa de questões como a suposta presença de guerrilheiros colombianos no país vizinho, Chávez rompeu relações com a Colômbia no dia 22 de julho, no final do governo do presidente Alvaro Uribe.

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