A polícia da Noruega informou nesta quinta-feira que vai interrogar novamente na sexta-feira Anders Behring Breivik, suspeito dos dois ataques realizados na última sexta-feira no país, que mataram pelo menos 76 pessoas. O procurador da polícia Paal-Fredrik Hjort Kraby disse, em coletiva de imprensa, que vai interrogar o suspeito, mas não deu indícios sobre o que vai pertuntar a ele.
Breivik confessou os ataques, afirmando que estava tentando salvar o Ocidente da colonização muçulmana. Ele justificou suas ações num manifesto de 1.500 páginas postado na internet. Segundo seu advogado, Breivik se considera um “salvador”, mas ele acredita que seu cliente tenha problemas psiquiátricos. O acusado se declarou inocente das acusações de terrorismo.
O atirador disse ter contado com pessoas e grupos que, segundo ele, apoiam sua oposição à imigração. Mas ainda há perguntas sobre se tal rede realmente existe ou se as afirmações de Breivik foram exageradas. A polícia o interrogou apenas uma vez, durante uma sessão de sete horas, um dia após o ataque. Segundo Kraby, o acusado tem contato apenas com seu advogado e com os investigadores.
Vítimas
Autoridades da Geórgia informaram nesta quinta-feira que o corpo de uma jovem geórgica que estava desaparecida na ilha de Utoya. O corpo de Tamta Liparteliani estava no fundo do lago e apresentava ferimentos a bala nas costas. Ela foi identificada por suas impressões digitais, disse o vice-ministro de Relações Exteriores da Geórgia, Nino Kalandadze.
A vítima mais jovem identificada até agora foi Sharidyn Svebakk-Boehn, que fez 14 anos dias antes do massacre. Outra vítima confirmada no acampamento na ilha foi o meio-irmão da princesa norueguesa Mette-Matrit. As informações são da Associated Press.