Olmert diz que libertará 250 prisioneiros palestinos

O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, prometeu nesta segunda-feaira (17) liberar 250 prisioneiros palestinos no próximo mês. O gesto é um aceno positivo à moderada liderança palestina na Cisjordânia, mesmo com Israel combatendo militantes na Faixa de Gaza. Olmert informou ao presidente palestino, Mahmoud Abbas, sobre o plano durante um encontro. Também nesta segunda, houve mais violência em Gaza, com militantes lançando seis foguetes no sul de Israel. Não houve feridos.

A Faixa de Gaza é controlada pelo grupo militante islâmico Hamas, que não reconhece Israel. Por sua vez, o governo israelense considera o Hamas terrorista. O tema dos prisioneiros é bastante importante para os palestinos. Israel mantém mais de 9 mil detentos palestinos, e praticamente todos têm um parente, amigo ou vizinho que esteve ou está preso em Israel.

Olmert realizou algumas libertações, porém a Autoridade Palestina cobra a ampliação dessas ações. Olmert e Abbas relançaram as conversas de paz no ano passado, com o objetivo de alcançar um acordo final até dezembro. Porém os dois lados já reconheceram que a meta parece improvável.

Restrição

O governo palestino contatou os países da União Européia pedindo para que eles restrinjam a importação de produtos feitos em assentamentos israelenses na Faixa de Gaza. A informação foi divulgada hoje pelo primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Salam Fayyad.

Segundo Fayyad, a ampliação dos assentamentos israelenses está levando as conversas de paz ao colapso. Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel condenou a iniciativa do boicote, qualificando-a como “não construtiva”. A iniciativa palestina também pode atrapalhar os esforços israelenses para melhorar seus laços econômicos com o bloco europeu.