Conflito

Obama aceita relatório sobre ataque ao consulado na Líbia

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, aceitou os resultados da investigação independente que revelou os erros de segurança que aconteceram antes do ataque ao consulado de Benghazi, na Líbia, e segundo disse nesta quinta-feira (20) seu porta-voz, o governo segue trabalhando para melhorar a proteção de suas missões no exterior.

“O presidente aceita o relatório”, disse em sua entrevista coletiva diária o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney. O funcionário acrescentou que o governo trabalha há tempos na revisão da segurança de todas as instalações diplomáticas dos EUA no exterior.

“A prioridade do presidente é a segurança dos americanos que servem no exterior”, enfatizou o porta-voz. A investigação independente, solicitada pela secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, concluiu que houve “graves erros” na gestão da segurança do consulado em Benghazi, atacado em 11 de setembro, incidente que terminou com a morte do embaixador Chris Stevens e de outros três americanos.

O relatório destacou que devido ao caráter temporário do edifício do consulado em Benghazi, a missão contava com menos seguranças do que o necessário.

A investigação também apontou que não ocorreram protestos contra um vídeo antimuçulmano nos arredores do consulado, como se afirmou inicialmente, mas sim um ataque terrorista.

Quatro funcionários do Departamento de Estado, entre eles Eric Boswell, chefe de segurança das legações diplomáticas, deixaram seus cargos após a publicação do relatório.

Já Hillary Clinton solicitou ao Congresso US$ 1,3 bilhão em financiamento para aumentar os recursos destinados à segurança diplomática.

Segundo Carbey explicou, Hillary deixará encaminhada a aplicação das 29 recomendações incluídas no relatório antes de entregar o cargo em janeiro, quando se prevê que assuma um novo secretário de Estado para acompanhar Obama em seu segundo mandato.