Parlamentares do Iraque aprovaram um acordo polêmico de US$ 400 milhões para americanos que afirmam que foram abusados durante o regime de Saddam Hussein durante a invasão do Kuwait, em 1990. O acordo é parte de uma negociação entre Bagdá e Washington fechada no ano passado que encerra anos de batalha legal de cidadãos americanos que dizem que foram torturados ou traumatizados, incluindo centenas que foram utilizados como escudos humanos. Muitos iraquianos se consideram vítimas tanto do regime de Saddam e da invasão norte-americana de 2003 e se perguntam porque eles deveriam pagar por erros cometidos pelo ditador executado.
O acordo foi aprovado pela maioria do parlamento depois de ouvir os ministros das Relações Exteriores e das Finanças, assim como o presidente do Banco Central do porquê este ressarcimento era necessário. Segundo o parlamentar Mahmoud Othman, a aprovação do acordo dá proteção ao Iraque para que acordos futuros bem acima de US$ 400 milhões sejam exigidos. Já os legisladores aliados ao clérigo antiamericano Muqtada al-Sadr rejeitaram o acordo porque acreditam que é melhor compensar os mártires iraquianos que os americanos. As informações são da Associated Press.