Irã diz que dará uma “lição histórica” em quem atacar o País

O comandante das Forças Armadas iranianas, Hassan Firoozabadi, advertiu nesta terça-feira (17) que o Irã dará uma "lição histórica" e "destruirá" qualquer um que lance um ataque militar contra o país, enquanto autoridades políticas iranianas ratificaram o desenvolvimento de planos nucleares.

"Os inimigos sabem que a nação iraniana, com sua virtude e sua unidade, seguindo seu Guia (o aiatolá Ali Khamenei, ndr), é como um exército e qualquer Satã que ouse atacar o Irã será destruído", disse o general, referindo-se a Israel e aos Estados Unidos, cujo plano por trás dos ataques contra o Iraque e o Afeganistão é, segundo ele, "fazer o mesmo com o Irã".

"Mostraremos nossa capacidade militar no momento oportuno e daremos uma lição histórica" disse o chefe militar, em declarações divulgadas pela agência Fars.

O presidente norte-americano, George W. Bush, advertiu nesta segunda-feira (16) em Londres que "todas as opções estão sobre a mesa" na discussão sobre os planos nucleares iranianos, o que deixa aberta a possibilidade de ações militares.

Israel também defende a necessidade de evitar o desenvolvimento nuclear do Irã e autoridades israelenses consideraram a possibilidade de atacar as instalações atômicas do país.

O vice-chanceler iraniano, Ali Reza Sheikh-Attar, reafirmou nesta terça-feira que o Irã manterá seus planos nucleares e que o país não aceitará uma suspensão dos programas, informou a agência Irna. 

"Dissemos repetidamente que o enriquecimento de urânio é nossa meta e que devemos continuar usando essa tecnologia", disse o vice-chanceler, informando que o Irã está estudando um pacote de incentivos apresentado no sábado (14) pelo alto representante de Política Exterior e Segurança da União Européia, Javier Solana, e que dará uma resposta "o mais breve possível".  

A União Européia estuda a aplicação da resolução 1.803 das Nações Unidas, que prevê, entre outros pontos, o congelamento de fundos e bens iranianos e o bloqueio de instituições financeiras, entre elas o Melli Bank, que tem escritórios em Londres, Hamburgo e Paris.                 

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