Cerca de 10 pessoas morreram

Impressionante! Vídeos mostram explosão seguida de onda de destruição em Beirute

Explosão em área portuária em Beirute, no Líbano.

Uma grande explosão nesta terça (4) em Beirute, capital do Líbano, causou pânico e destruição na região portuária. Segundo as autoridades locais, ao menos dez pessoas morreram e um grande número de pessoas ficou ferido. Ainda não há detalhes sobre o que motivou o incidente e não está claro se outras explosões aconteceram na cidade.

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Uma gigantesca coluna de fumaça pôde ser vista de toda a cidade, relataram testemunhas e a mídia local. Duas fontes de segurança disseram à agência Reuters que a explosão ocorreu na área do porto que contém armazéns. A explosão abalou várias áreas da capital, quebrando janelas e portas.

Imagens divulgadas pelas redes sociais mostram uma explosão de enormes proporções. Emissoras locais informaram que na região do porto ficavam armazéns de fogos de artifício. Não ficou claro de imediato que tipo de explosivos estavam nos armazéns.

“Vi uma bola de fogo e fumaça subindo sobre Beirute. Pessoas estavam gritando e correndo, sangrando. Sacadas foram arrancadas de edifícios. O vidro dos prédios se partiu e caiu nas ruas”, disse uma testemunha da Reuters.

Outra testemunha da Reuters disse que viu uma fumaça cinza pesada perto da área do porto e depois ouviu uma explosão e viu chamas de fogo e fumaça preta: “Todas as janelas do centro da cidade estão quebradas e há feridos andando por aí. É um caos total.”

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Nas redes sociais, há vários vídeos da explosão em ângulos diferentes e as cenas de pavor nas ruas após o incidente.

Em entrevista à BBC, Hadi Nasrallah, testemunha da explosão, disse que a cena foi “muito assustadora” e que o barulho foi “muito alto”. “De repente, eu perdi minha audição. Perdi minha audição por alguns segundos. Eu sabia que algo estava errado e, de repente, vi os cacos de vidro se espalhando sobre o carro”, contou ele, que admitiu o temor por um incidente político.

Os jornalistas foram proibidos de acessar a zona, segundo um correspondente da AFP. Em frente ao centro médico de Clémenceau, dezenas de feridos, incluindo crianças, às vezes cobertas de sangue, esperavam para serem admitidos, segundo a agência.

Navio brasileiro

A fragata brasileira Independência, nau capitânia da Unifil (Força Interina das Nações Unidas no Líbano), não estava no porto de Beirute na hora da explosão. Ela está no Mediterrâneo, patrulhando a região.

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A embarcação leva cerca de 200 marinheiros. A Unifil foi criada em 2006 para verificar a retirada israelense do sul do Líbano e evitar o contrabando de armas por via marítima, após um dos inúmeros embates entre as duas partes nas últimas décadas.

Ela foi a primeira força da ONU a contar com uma missão naval, que é comandada pelo Brasil desde 2011.

Ex-premiê

De acordo com a rede de TV Al Arabiya, foram ouvidas explosões por toda a cidade e ao menos uma delas teria ocorrido nas proximidades da residência do ex-premiê Saad Hariri. A informação não foi confirmada oficialmente.

Ele postou uma foto em uma rede social logo após as explosões, indicando que está bem e que não ficou ferido na ação. Segundo testemunhas ouvidas pelo canal, construções que ficam a quilômetros de distância da explosão foram atingidas.

Julgamento

Nesta semana, está prevista a divulgação do veredito de um tribunal apoiado pela ONU (Organização das Nações Unidas) contra quatro homens acusados de terem participado do assassinato do ex-primeiro-ministro libanês Rafik Hariri -pai de Saad- em 2005. O resultado deve ser anunciado na sexta-feira (7).

Os réus, todos membros do movimento xiita Hizbullah, estão sendo julgados à revelia pelo Tribunal Especial do Líbano (TSL), com sede em Haia (Holanda), encarregado de ditar a sentença 15 anos após o atentado com um carro-bomba, em Beirute. O ataque matou o bilionário sunita e outras 21 pessoas, além de ter deixado 256 feridos.

Saad Hariri, filho de Rafik e que renunciou ao cargo de premiê em 2019, disse em um comunicado divulgado na semana passada que “não havia perdido a esperança na Justiça internacional e na revelação da verdade”.

Analistas avaliam que a divulgação do veredito pode fazer ressurgir tensões no país, que passa por uma crise econômica sem precedentes.

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