Guarda-costas de Diana diz não se lembrar do acidente

O guarda-costas da princesa Diana – e único sobrevivente do acidente em alta velocidade que matou ela e seu namorado, Dodi Al-Fayed, – disse nesta quarta-feira (23) que não se lembra dos últimos momentos antes da batida em Paris. Trevor Rees, severamente ferido no acidente dia 31 de agosto de 1997, também negou as acusações do pai de Al-Fayed de que participou de um suposto plano para acobertar a verdade. "Tudo o que eu sempre fiz é falar a verdade como a conheço", disse Rees, no inquérito que investiga as duas mortes.

O guarda-costas afirmou que tem lembranças de ouvir uma mulher dizer "Dodi", aparentemente pouco depois do acidente, mas não se lembra de quase mais nada. "Eu não tenho nenhuma lembrança depois de deixar os fundos do hotel. É a minha última memória verdadeira", disse. O psiquiatra Maurice Lispedge afirmou em um comunicado que as chances de Rees recuperar sua memória são pequenas.

Do banco de testemunhas da Alta Corte de Londres, Rees mostrou evidências do acidente, as cicatrizes que ainda podem ser vistas no seu rosto e na cabeça. Na época, foi divulgado que todos os ossos de seu rosto quebraram. Rees e o motorista Henri Paul estavam no banco da frente da Mercedes 280 que bateu em um pilar de concreto em um túnel em Paris. Rees demitiu-se da equipe de segurança de Mohamed Al-Fayed em abril de 1998.

Al-Fayed sustenta que o casal foi vítima de um atentado dirigido pelo príncipe Philip, marido da Rainha Elizabeth II, e acusou Rees de ser influenciado pelo serviço secreto britânico. Al-Fayed disse que o livro de Rees, A história do guarda-costas, publicado em 2000, é uma "rede de mentiras e enganos destinados a me denegrir e a apoiar o relato das autoridades britânicas de que as mortes de meu filho e da princesa Diana foram resultado de um simples acidente de trânsito".

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