Governo chinês confina bispo de Xangai que renunciou

Autoridades detiveram no fim de semana o bispo auxiliar de Xangai, Thaddeus Ma Daqin, que renunciou no último sábado ao cargo de supervisor da Igreja Católica na China, dizem fontes.

A notícia vem em meio a uma nova crise entre o país asiático e o Vaticano, que excomungou o sacerdote chinês José Yue Fusheng, ordenado bispo de Harbin, na China, sem a permissão do papa Bento 16.

Thaddeus anunciou sua renúncia da Associação Patriótica Católica durante sua missa de ordenação, no sábado passado. Desde então, ele está confinado no seminário Sheshan, uma igreja antiga perto de Xangai. Sua detenção seria resultado da irritação que causou no governo, que decidiu afastá-lo dos olhares públicos.

O Vaticano, que ordenou o bispo Thaddeus, não reconhece a associação. A Igreja Católica Chinesa, por sua vez, rejeita a autoridade do papa.

Os católicos Chineses (cerca de 5,7 milhões de acordo com estatísticas oficiais ou 12 milhões, segundo fontes independentes) estão divididos entre uma Igreja estabelecida, cujo clero depende das autoridades comunistas, e uma Igreja clandestina que obedece ao papa.

As relações entre a China e a Santa Sé são tradicionalmente tensas por causa da ordenação ilícita de bispos, nomeados pela Associação Patriótica Católica sem consultar o Vaticano. A China e a Santa Sé não mantêm relações diplomáticas desde 1951

Voltar ao topo