Espanha pede que Farc permitam missão médica

A Espanha pediu hoje às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) que permitam que uma missão médica internacional visite reféns mantidos pela guerrilha. "Temos de perseverar para que isso aconteça", disse o presidente de governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, em entrevista coletiva conjunta com o presidente colombiano, Álvaro Uribe, em Madri. "Peço às Farc para iniciar um diálogo visando permitir essa missão médica".

Uribe, que visita a Espanha em sua turnê pela Europa, procura apoio para enviar a missão médica. O porta-voz das Farc, Raul Reyes, disse durante o final de semana que a guerrilha rejeita a missão médica internacional. Mas as Farc não fizeram nenhum comunicado oficial por seus meios tradicionais, no seu site ou por e-mail.

Acredita-se que as Farc mantenham mas de 700 reféns. A União Européia e os Estados Unidos classificam o grupo com cerca de 14 mil combatentes como organização terrorista. Clara Rojas, uma das duas reféns liberadas no começo do mês com a mediação do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, acompanhou Uribe na visita a Zapatero. "O governo da Colômbia, por meu intermédio, agradece publicamente ao governo da Venezuela pelo esforço que permitiu a libertação de Clara Rojas e Consuelo Gonzalez de Perdomo", disse Uribe.

Durante a visita de um dia, Espanha e Colômbia assinaram um acordo para trabalharem conjuntamente em questões de segurança, justiça, direitos humanos, questões regionais e comerciais. A Espanha tem acordos do tipo com a Argentina, Chile, México e Brazil. Uribe teve uma agenda cheia em Madri. Praticou jogging antes de tomar café da manhã com o ex-premiê socialista Felipe González. Depois se encontrou com o rei Juan Carlos e mais tarde com o juiz Baltasar Garzón. Uribe, que antes visitou Paris e Bruxelas, deixa Madri hoje para participar do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.

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