Conclusão de relatório sobre mídia no Reino Unidos sai amanhã

Depois de quase 18 meses de trabalho, a conclusão do inquérito sobre práticas, cultura e ética da mídia britânica será divulgada amanhã por seu principal autor, o lorde Leveson -que dá nome à investigação.

Com custo final acima da casa de R$ 15 milhões, o inquérito Leveson foi motivado pelos escândalos de grampos ilegais do tabloide “News of the World”, publicação do grupo do magnata Rupert Murdoch encerrada em 2011 após a repercussão negativa de seus métodos.

Mais de duzentas pessoas estiveram envolvidas nos trabalhos de investigação. Apenas para audiências, foram destinados 70 dias. Há quatro linhas que o inquérito aborda: a imprensa e o público, a imprensa e a polícia, a relação dos veículos de comunicação com políticos e propostas para um regime de regulação da imprensa.

Desde o início da semana, o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, está sob maior pressão do público sobre qual será a resposta do governo quanto às conclusões de Leveson.

Ontem, Cameron recebeu uma cópia do documento final, e fará um pronunciamento. Analistas especulam que o inquérito pode pedir um regime de regulação estatal sobre a imprensa, o que deixará o premiê em situação delicada.

Se decidir adotar integralmente as sugestões do inquérito, contrariará interesses de seu próprio partido e dos veículos de comunicação, que defendem a autorregulação. Caso não as adote, terá de enfrentar a ira de famílias que sofreram com os abusos dos veículos de comunicação e do público favorável à situação dessas pessoas.

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