Colômbia extradita líder das Farc acusado de narcotráfico

Autoridades colombianas extraditaram nesta quinta-feira (20) Erminso Cabrera, o "Mincho", considerado terceiro líder em importância das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) para os Estados Unidos, sob a acusação de narcotráfico. Segundo a polícia, Cabrera "era o chefe de finanças e o encarregado de comercializar e enviar mais de 10 mil quilos de cocaína por mês a vários países, entre eles os Estados Unidos", quando foi capturado em dezembro de 2004.

Cabrera se une a outros dois guerrilheiros presos nos EUA, Ricardo Palmera e Nayibe "Sonia" Rojas. Yolanda Pulecio, mãe da ex-candidata à presidência da Colômbia, Ingrid Betancourt, seqüestrada pelas Farc, disse que a extradição de Cabrera é "uma maneira muito sutil de complicar o acordo". Agora, para que as Farc libertem os 45 reféns que mantêm, reivindicam a libertação dos guerrilheiros presos pelo governo colombiano e também a dos três extraditados. Esses últimos só podem ser liberados por indulto presidencial do governo norte-americano.

O ministro da Defesa colombiano, Juan Manuel Santos, afirmou que "o acordo não deverá influir em nada sobre o que estamos fazendo normalmente, nem nas extradições". O embaixador dos Estados Unidos na Colômbia, William Brownfield, disse que prefere não comentar se a Casa Branca daria um indulto a Rojas e a Palmera para facilitar a troca humanitária. Cabrera é o primeiro integrante das Farc, de uma lista de 50 membros, que foram acusados de narcotráfico e tiveram pedidos de extradição feitos pelo Departamento de Justiça dos EUA em 2006 sob a acusação de narcotráfico.

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