Chanceler do Equador insinua golpe por trás de protesto

O ministro das Relações Exteriores do Equador, Ricardo Patiño, afirmou em entrevista à emissora local Telesur que por trás dos protestos de policiais ocorridos hoje no país há “setores golpistas”. Patiño qualificou a manifestação das forças de segurança como um “ato de insubordinação absolutamente inaceitável por parte de alguns setores policiais, não de todos”.

Centenas de membros da Polícia Nacional do Equador realizam uma grande manifestação, concentrando-se em quartéis e se recusando a patrulhar as ruas do país. A intenção dos agentes é protestar contra a aprovação de uma lei no Congresso que deve afetar os rendimentos da categoria. Os policiais também tomaram o aeroporto de Quito e fecharam rodovias e ruas em várias cidades.

“Não é raro que alguns setores que costumam fazer golpes nesse país tentem”, afirmou o ministro. O presidente Rafael Correa chamou os manifestantes de “bandidos” e “ingratos”, chegando a desafiar os manifestantes a atirarem nele. “Se vocês querem matar o presidente, podem matá-lo”, chegou a dizer.

Correa acabou passando mal em meio às explosões de gás lacrimogêneo. Ele recebeu atendimento médico em um hospital, mas passa bem e já deixou o local, de acordo com a Telesur.

Segundo Patiño, há setores de extrema-direita infiltrados no protesto para “propiciar cenários desestabilizadores”. O chanceler disse ainda que o atual governo concedeu importantes aumentos às forças de segurança. As informações são da Dow Jones.