Calderón defende união de países em abertura de cúpula

Presidentes da América Latina e do Caribe começaram hoje as reuniões para promover um mecanismo de integração regional, sem participação de Estados Unidos e Canadá. O encontro foi convocado pelo Grupo do Rio, e a inauguração da Cúpula da Unidade de América Latina e Caribe ficou por conta do presidente mexicano, Felipe Calderón.

Calderón disse que o desafio da região não envolve as divisões políticas entre esquerda e direita, mas sim a busca por um futuro “onde possam florescer os valores, nos quais cremos, de democracia para a justiça, na liberdade”.

“Na América Latina e no Caribe, não podemos permanecer desunidos, não podemos abordar o futuro com êxito baseados em diferenças. Agora cabe a nós nos unirmos sem demérito no que somos diferentes”, afirmou Calderón, notando que as concordâncias são maiores que as diferenças na região.

Único orador na abertura do evento, o presidente mexicano pediu um “primeiro passo para se criar um mecanismo único para todos os países latino-americanos e caribenhos”. Deve haver reuniões a portas fechadas entre os líderes, quando serão abordados alguns dos temas que afetam o hemisfério. A proposta é que a entidade reunindo os países seja lançada neste encontro no Caribe mexicano e comece a funcionar formalmente em 2011.

A cúpula, com a participação de 32 países e 25 presidentes, começou em meio às reclamações da Argentina sobre a decisão do Reino Unido de explorar petróleo nas ilhas Malvinas. Outra questão que deve estar presente é a vigência da suspensão de Honduras da Organização dos Estados Americanos (OEA), após um golpe de Estado em junho de 2009.