Ativistas pró-armas dos EUA pedem deportação de apresentador da CNN

A Casa Branca terá que avaliar uma petição feita por ativistas pró-armas pela deportação do apresentador da CNN Piers Morgan. Ele defendeu maiores restrições contra a compra e a venda de armamento em meio à discussão provocada pelo massacre em uma escola de Newtown, no Estado de Connecticut.

A enquete foi feita após o condutor, que é britânico, ter chamado Larry Pratt, diretor da Associação de Donos de Armas dos Estados Unidos, de “um homem perigoso”, durante uma entrevista em seu programa no canal no último dia 19.

Durante o programa, Pratt disse que a chacina, a qual terminou com a morte de 27 pessoas, só foi possível porque a escola era um lugar sem armas, em referência ao controle de porte de armas de Connecticut.

“Os índices de homicídio são muito baixos onde as armas podem ser levadas livremente. Nós só temos problemas nas cidades e, infelizmente, nas nossas escolas onde pessoas como você que foram capazes de aprovar leis que impedem as pessoas de se defender.”

Em resposta, Morgan disse: “Você é um homem muito estúpido, não é? Você não tem nenhum argumento coerente. Você realmente não se importa com as taxas de mortes por armas de fogo nos Estados Unidos”.

Ele ainda o chamou Pratt de “um homem perigoso expondo um comportamento sem noção” e afirmou que o defensor das armas “envergonha o seu país”.
O abaixo-assinado reuniu 31 mil assinaturas até sexta-feira, 6.000 a mais que o mínimo necessário para que um projeto seja avaliado pelo governo americano.

O pedido foi feito por um jornalista do Texas, que acusou o apresentador de “promover um ataque hostil contra a Constituição”, em referência à chamada segunda emenda, que inclui o direito individual de portar armas. Quando a petição chegou ao limite de 25 mil assinaturas, Morgan brincou com o fato no microblog Twitter.

“Se eu for deportado dos Estados Unidos por querer menos assassinos, há algum outro país que me queira ter? Querer banir a venda de armas de assalto e de grande capacidade não é inconstitucional. Isso se chama senso comum.”

O debate sobre a restrição à venda de armas cresceu após o massacre de Newtown, em que Adam Lanza, 20, matou 27 pessoas, sendo 20 crianças na escola Sandy Hook. O jovem usou uma escopeta e outras duas pistolas da mãe, que colecionava armas.

As restrições são defendidas pelo presidente Barack Obama e outros políticos do país. Na quarta, Obama disse que enviará a discussão ao Congresso americano.

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