Ásia registra casos de resistência da nova gripe

O Departamento de Saúde de Hong Kong anunciou hoje o primeiro caso de Influenza A (H1N1), conhecida como gripe suína, resistente ao medicamento Tamiflu no território chinês. O anúncio veio à tona depois de o Japão ter reportado incidente similar. “Este é o primeiro caso humano de resistência do vírus da gripe suína ao Tamiflu em Hong Kong”, informa o Departamento de Saúde, por meio de nota. “Exames mostraram que a cepa é suscetível ao zanamivir”, princípio ativo do Relenza, prossegue o comunicado. O Tamiflu e o Relenza são dois antivirais considerados a última linha de defesa contra as mutações do vírus da gripe A. No último boletim divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de casos confirmados de infecção pelo vírus da gripe A no mundo se aproxima de 90 mil.

O caso em Hong Kong se refere a uma adolescente de 16 anos que retornou recentemente de São Francisco, nos Estados Unidos. Ela desembarcou no aeroporto internacional de Hong Kong em 11 de junho já doente. Um laboratório do governo testou mais de 200 novas amostras de vírus da gripe e descobriu somente o caso dessa jovem como resistente ao Tamiflu, informou o departamento de saúde de Hong Kong. O caso será reportado à OMS.

Também hoje, o Ministério da Saúde do Japão divulgou um caso de resistência do vírus da gripe suína ao medicamento, informou a agência de notícias “Kyodo News”. A paciente, uma mulher de Osaka, está sendo tratada com o Relenza e se recupera bem, diz o despacho. No início da semana, autoridades dinamarquesas descobriram o primeiro caso de resistência ao Tamiflu, também em uma mulher.

Uma porta-voz da Roche, fabricante do Tamiflu, disse que a companhia farmacêutica foi notificada sobre os casos e considera a situação normal. “É absolutamente normal que 0,4% dos adultos desenvolvam resistência”, afirmou a porta-voz. Segundo ela, isso não faz do Tamiflu um medicamento menos eficaz contra a doença.

OMS

De acordo com a OMS, mais 12.720 casos da doença foram confirmados desde quarta-feira, chegando hoje a 89.921. No mesmo período, mais 50 mortes foram confirmadas, elevando a 382 o número de óbitos relacionados à doença em todo o mundo. Cerca da metade desses mais de 12.000 novos casos foi confirmada nos Estados Unidos. Também houve aumento considerável na cifra no Chile, nas Filipinas, na Grã-Bretanha e no México. Especialistas observam que o número de casos reportados à OMS é bem inferior aos números verdadeiros, pois muitas infecções são suaves e não chegam nem a ser diagnosticadas. Com informações da Dow Jones.

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