Ministra do STJ ouve depoimento e libera mais um preso da Operação Navalha

Brasília – O terceiro funcionário da construtora Gautama a depor nesta segunda-feira (28) no Superior Tribunal de Justiça (STJ) foi solto nesta tarde. Henrique Garcia de Araújo foi libertado logo após prestar depoimento à ministra do STJ, Eliana Calmon, relatora do inquérito da Polícia Federal (PF) relativo à Operação Navalha.

Araújo estava preso na Superintendência da PF, em Brasília, desde o último dia 17, quando foi deflagrada a operação. Segundo o inquérito policial, ele administrava uma fazenda do grupo acusado de fraudar licitações públicas e desviar recursos federais destinados a programas como o Luz para Todos.

A fazenda servia para legalizar o dinheiro que o grupo obtinha com suas atividades, mediante a compra e a venda de gado bovino. De acordo com a PF, o esquema era encabeçado pelo dono da Construtora Gautama, Zuleido Veras.

Araújo foi o terceiro dos cinco investigados pela Operação Navalha previstos para depor nesta segunda-feira e o 42º dos 47 presos a ser solto. Três suspeitos permanecem presos, mesmo já tendo prestado depoimento: Zuleido Veras, Maria de Fátima Palmeira, diretora comercial da Gautama e apontada como braço direito de Zuleido e Vicente Vasconcelos Coni, diretor da construtora.

A assessoria de imprensa do STJ confirmou ter recebido o pedido de informações feito pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Mendes é o responsável por julgar os pedidos de liminares de habeas corpus (revogação da prisão preventiva) apresentados pela defesa de Zuleido e de Coni, mas só o fará após receber os dados que o STJ  ficou de encaminhar ainda nesta segunda-feira. Os advogados aguardam o julgamento do habeas corpus de Coni para decidir o que fazer no caso de Maria de Fátima.

A ministra ouve agora o diretor financeiro da Gautama, Gil Jacó Carvalho Santos. O último depoente será o engenheiro e diretor do escritório da construtora em Alagoas, Abelardo Sampaio Lopes Filho.

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