Os números da balança comercial em outubro, com apenas seis dias úteis, sinalizam para novos recordes. As médias diárias das exportações e importações, nas duas primeiras semanas de outubro, são as maiores do ano até o momento. De acordo com os dados divulgados hoje (11) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o superávit da balança comercial, na segunda semana de outubro, alcançou US$ 1,092 bilhão, resultado de exportações no valor de US$ 2,483 bilhões e importações de US$ 1,391 bilhão.
Com esse resultado, o saldo no mês soma US$ 1,401 bilhão. As exportações totalizaram US$ 3,060 bilhões e as importações, US$ 1,659 bilhão. No ano, o superávit comercial já está em US$ 26,522 bilhões, sendo que a meta do governo é alcançar US$ 32 bilhões até dezembro. As exportações atingiram US$ 73,338 bilhões, cerca de US$ 20 bilhões a menos do que o objetivo do governo de chegar a US$ 94 bilhões em dezembro. As importações estão em US$ 46,816 bilhões.
A média diária das vendas externas atingiu US$ 510 milhões, 55% acima da média de outubro de 2003, quando totalizou US$ 329 milhões. O valor é o maior do ano até o momento, superando o recorde de junho, que foi de US$ 444,2 milhões. O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Luiz Fernando Furlan, avaliou no mês passado que, com a média diária acima de US$ 400 milhões, será possível alcançar a meta do governo. Já nas importações, a média diária, no período, somou US$ 276,5 milhões, também a maior do ano até o momento, e 26,4% acima da média de outubro de 2003, de US$ 218,7 milhões.
Os dados do Ministério mostram que as três categorias de produtos tiveram aumento nas vendas externas. Os manufaturados aumentaram 76,9%, na comparação com outubro de 2003, em razão, principalmente, dos aumentos de automóveis, autopeças, motores para veículos, calçados, aviões, óleos combustíveis, móveis, gasolina, bombas e compressores, veículos de carga e madeira compensada.
As exportações de semimanufaturados subiram 42,6%, em função dos embarques de semimanufaturados de ferro ou aço, celulose, açúcar de cana em bruto, couros e peles, alumínio em bruto, ferro-ligas e ligas de alumínio. As vendas dos básicos cresceram 23,1%, por conta de farelo de soja, óleo bruto de petróleo, carne de frango, carne bovina, café cru em grão, fumo, algodão, carne suína, caulim, minério de manganês e castanha de caju.
Nas importações, comparado com outubro de 2003, ampliaram-se os gastos, principalmente, com adubos e fertilizantes (70,6%), químicos orgânicos e inorgânicos (57,8%), combustíveis e lubrificantes (47%), plásticos e obras (34%), equipamentos elétricos e eletrônicos (32%), instrumentos de ótica e precisão (24,1%), produtos siderúrgicos (18,6%) e farmacêuticos (5,1%).