Marinho discute sobre mínimo e IR com líderes da base aliada na Câmara

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Luiz Marinho, se reuniu há pouco com os líderes da base aliada na Câmara para alertar o governo da necessidade de dar aumentos reais para o salário mínimo e corrigir a tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física. No encontro, Marinho argumentou que nas eleições de 2006 o presidente Luiz Inácio Lula da Silva precisará dos votos dos trabalhadores para se reeleger.

A CUT defende um mínimo de R$ 320 a partir de maio de 2005, mas quer uma política permanente de recuperação do valor do salário mínimo. "Eles vão precisar de votos em 2006. Eles querem reeleger Lula e têm de saber que se não fizerem essas coisas vão perder voto", disse Marinho, ao observar que o governo não pode atender apenas às reivindicações da elite. "Não adianta falar só em superávit e esquecer que lá embaixo tem uma população carente cobrando ações", completou.

A proposta da CUT é chegar a um valor do salário mínimo de R$ 1.500, pelos cálculos do Dieese, em 20 anos. Para isso, segundo Marinho, será necessário uma política de recuperação que dê ao mínimo mais do que a variação do Produto Interno Bruto (PIB). " É necessário um adicional além da variação do PIB. Vincular simplesmente é manter a condição de desigualdade no País", disse Marinho.

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