Mantega rebate críticas de Alckmin à política econômica

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, rebateu hoje o candidato à presidência da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin, que em entrevista à imprensa disse que a política monetária do governo é exacerbada, porque a política fiscal é frouxa.

Mantega criticou a gestão de Alckmin, no governo de São Paulo, afirmando que o ex-governador promoveu um ajuste fiscal no Estado, reduzindo programas e salários. "São Paulo é o estado que paga o segundo pior salário na área de segurança. Então, é muito fácil fazer ajuste fiscal cortando gastos sociais", disse o ministro, ao chegar nesta manhã ao Ministério da Fazenda.

Segundo Mantega, a declaração de Alckmin de que manterá o Bolsa Família, caso seja eleito, é uma introdução de última hora na fala do candidato, que já tinha, segundo o ministro, falado em aumentar o superávit primário. "Eu até tinha desafiado ele (Alckmin) a mostrar como ia fazer esse aumento do superávit primário, sem cortar o Bolsa Família, sem cortar salários e sem diminuir o ajuste social", disse Mantega.

O ministro disse que muito pouco foi feito nos últimos 12 anos em São Paulo e que o Estado ainda passa por uma crise de segurança.

Mantega disse que os juros altos é um problema herdado do governo Fernando Henrique, que deixou o País com uma dívida pública grande, o que obrigou o atual governo a manter os juros altos para administrar a dívida. "Nós estamos fazendo uma política fiscal mais responsável que o governo anterior, ao qual o candidato Alckmin pertence, porque nós aumentamos a meta de superávit primário e a estamos cumprindo há quatro anos seguidos", disse o ministro.

Segundo ele, a relação dívida-PIB no governo do PSDB subiu de 30% para quase 60% e hoje está em 50%. "Estamos trabalhando corretamente. E o mais importante é que estamos compatibilizando esta política fiscal com uma política econômica e social eficiente. Isso que é o segredo. Não adiante fazer uma bela política fiscal e cortar tudo como ele fez em São Paulo, destruindo programas sociais", disse o ministro

Voltar ao topo