Apenas cerca de 20% dos veículos em circulação no Paraná – que em 2002 eram 2,718 milhões e 2,929 milhões em 2003 – possuem apólice de seguro. O dado é do Sindicato das Seguradoras do Estado do Paraná, que em setembro do ano passado iniciou um levantamento sobre o assunto.
Segundo o diretor da área de automóveis da entidade, Ramiro Fernandes Dias, a porcentagem é considerada bastante baixa e mesmo preocupante. “Em um eventual acidente de trânsito, o proprietário do veículo não segurado pode não ter sustentação financeira para honrar com sua responsabilidade”, afirma. “No caso de roubo, a pessoa, perdendo o carro, pode ficar sem seu instrumento de trabalho e em situação bastante complicada”.
Na opinião de Ramiro, são três fatores que levam as pessoas a não fazerem seguro de automóvel ou, depois de algum tempo, deixarem de renovar suas apólices. O primeiro é a condição financeira da população, que muitas vezes faz com que as pessoas estabeleçam outras prioridades e não tenham recursos para arcar com as despesas de um seguro. “Algumas pessoas preferem colocar travas e alarme em seus veículos, o que em tese sai mais barato”.
O segundo fator diz respeito ao custo do seguro em relação ao valor do veículo, independente das condições financeiras do proprietário. Na hora de apresentar um orçamento, as seguradoras se baseiam em tabelas de preços pré-estabelecidos e geralmente quanto mais antigo o carro, mais caro o seguro (leia mais na edição de amanhã do jornal O Estado do Paraná).