O presidente nacional do PT, Tarso Genro, afirmou hoje em nota que a contratação das gráficas que prestaram serviços para a campanha dele a governador do Rio Grande do Sul, em 2004, pelo Ministério da Educação foi de responsabilidade das agências de publicidade que desempenham trabalhos na pasta, escolhidas por meio de licitação.
O comunicado divulgado hoje por Genro teve como objetivo esclarecer uma reportagem da Revista "Época" desta semana, que o acusa de beneficiar os estabelecimentos gráficos. No texto, o ex-ministro da Educação repudiou o conteúdo da reportagem e apresentou dados explicando a escolha das empresas no ministério.
Genro acrescentou que a relação do órgão com as agências é técnica e feita por meio da Coordenação da Assessoria de Comunicação do ministério, sem receber ingerências dele ou de qualquer outro dirigente da pasta.
De acordo com dados apresentados por Genro, os gastos do ministério com serviços gráficos entre 2004 e 2005 totalizaram R$ 5,6 milhões – R$ 371 mil (6% do total) foram destinados às empresas gaúchas. O presidente nacional do PT destacou ainda que dos 272 trabalhos gráficos encomendados pelo ministério no período, apenas dez foram feitos no Rio Grande do Sul.
Genro afirmou que as agências contratadas pelo ministério foram orientadas a cotar orçamentos em vários Estados para assegurar a prestação de serviços pelo menor preço. Desta forma, empresas de sete Estados tiveram os serviços contratados. Na nota, o presidente nacional petista apresentou as cotações de preços apresentadas para a prestação dos serviços realizados pelas gráficas gaúchas, menores que os de outras empresas.