Genro: crítica de Ciro Gomes é ‘fogo fraterno’

O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, classificou como "fogo fraterno" as críticas à política econômica e a aliança do governo com o PMDB feitas pelo ex-ministro e deputado eleito Ciro Gomes (PSB) em entrevista a duas emissoras de rádio, em Fortaleza. "O que o Ciro falou é fogo fraterno. O Ciro é um companheiro nessa frente política. Numa frente plural é natural (as críticas). Temos que encarar essa divergência com naturalidade", disse o ministro após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio da Alvorada. Ciro Gomes havia chamado o PMDB de ‘elefante branco’ e disse que o novo aliado de Lula tem dificuldade para convergir em pontos de governo. Gomes também criticou o crescimento ‘medíocre’ da economia, abaixo dos 3%.

O ministro disse que o governo não responderá às críticas de Ciro e acrescentou que o ex-ministro será "um grande companheiro para o governo". Tarso Genro disse ainda que o presidente Lula pretende apresentar aos partidos que integrarem o governo de coalizão as medidas para garantir o crescimento econômico. "No momento em que o presidente Lula tiver todas as medidas, vai chamar os partidos da coalizão para apresentar o programa para eles".

O ministro disse que o presidente Lula considerou uma notícia extremamente importante a adesão do PMDB ao governo. Exatamente o contrário do que pensa Ciro Gomes. "Obviamente, o maior partido da coalizão tem uma função definidora do seu caráter", destacou o ministro. Segundo ele, "o governo tem a convicção de que é necessário ter um grande partido centrista articulado nacionalmente para ter estabilidade para governar seja que tipo de governo for".

Genro informou que na próxima semana o presidente deverá ter encontro com o PDT. Na segunda-feira, receberá os dirigentes do PSB e PCdoB. Ele informou que Lula terá ainda encontro com o ex-ministro dos Transportes e senador eleito, Alfredo Nascimento e a bancada do Partido da República (sucessor do PL, que se fundiu com o Prona). Além desses encontro, Lula deverá ainda ter uma reunião formal com o PMDB.

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