Genoino, Palocci e João Paulo lideram bancada do silêncio

Só um mês depois da posse, na quinta-feira, o deputado José Genoino (PT-SP) fez discurso no plenário da Câmara. Abordou uma questão regimental, tema que mais o cativa desde a Constituinte de 1987/88. O ex-presidente do PT vinha mantendo uma espécie de voto de silêncio e não escondia o motivo, uma profunda mágoa com os meios de comunicação.

Nas poucas conversas que teve com jornalistas, e sempre reservadas, se disse injustiçado por ter visto seu nome citado no escândalo dos mensaleiros. "O momento não é de aparecer, é de reflexão", costuma dizer Genoino sempre que procurado por algum repórter.

Na quinta-feira, no entanto, Genoino pareceu ter voltado aos tempos em que, além de ser um regimentalista, era um dos que mais ocupavam os microfones do plenário.

Pediu ao presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), que decidisse uma questão relativa ao funcionamento da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), porque lá, num só, foram juntados três projetos, um deles com parecer pela aprovação, um pela rejeição e outro ainda sem decisão.

O nome de Genoino apareceu no escândalo do mensalão em decorrência de empréstimos tomados pelo partido no Banco Rural, com seu aval – àquela época presidia o PT – e do publicitário Marcos Valério. Segundo as denúncias, ambos teriam participado de um esquema de financiamento de campanhas e pagamentos a parlamentares em troca de apoio ao governo. Ambos negam todas as acusações.

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