Garis e Cavo não chegam a acordo e greve continua em Curitiba

Representantes do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Asseio e Conservação (Siemaco) e funcionários da Cavo, responsável pela coleta de lixo e limpeza pública de Curitiba, se reuniram hoje pela manhã no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) com os diretores da empresa para tentar a negociação salarial e colocar fim à greve que começou na segunda-feira. A categoria pede um aumento de 10% nos salários e 20% nos tíquetes alimentação. A Cavo propõe reajuste de 7,47% em cada item.

Hoje pela manhã já foi possível sentir a falta do trabalho dos garis. Nas ruas da cidade, sacos de lixo ficaram acumulados nas ruas, causando mau cheiro e forçando as pessoas a desviarem dos resíduos para trafegar nas calçadas. A juíza Wanda Santi Cardoso da Silva considerou que a limpeza é um serviço essencial e definiu que a 35% da coleta fosse retomada a partir das 14h. Até o término da greve, 19 caminhões com três coletores realizam os trabalhos durante a manhã. Pela noite, quinze veículos com três funcionários fazem o recolhimento. Além disso, foi determinado que um caminhão com dois coletores e sete varredores trabalhem na limpeza das feiras livres da cidade.

Sobre o reajuste salarial, não houve acordo entre os funcionários e a empresa pela manhã. Está marcada para hoje à tarde uma audiência de instalação e conciliação e o julgamento da legalidade da greve. A Cavo afirma que foi surpreendida com o início do movimento e que não foi avisada com 48 horas de antecedência, como manda a lei. Caso a juíza decida que a paralisação é ilegal, o sindicato ainda poderá recorrer da sentença.

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