Fósseis sugerem nova linha de evolução do homem

Os primeiros ancestrais do homem que deixaram a África rumo à Europa e à Ásia há cerca de 2 milhões de anos podem ter sido muito menos inteligentes do que se costumava acreditar. Fósseis encontrados em escavações feitas na antiga república soviética da Geórgia revelaram que o cérebro do Homo erectus, o primeiro humano conhecido pela ciência a ter deixado a África, era até 25% menor do que pesquisas anteriores indicavam. A descoberta, feita por uma equipe da Academia de Ciências da Geórgia, em Tbilisi, desafia as visões tradicionais sobre os primeiros passos da evolução humana, que asseguravam que o deslocamento do Homo erectus pelo mundo havia sido possibilitado por seu cérebro maior e por sua inteligência superior.

  Para alguns especialistas, a migração só teria ocorrido após os humanos terem desenvolvido cérebros maiores que os do Homo erectus, tornando-se capazes de construir ferramentas mais sofisticadas.

  A descoberta – a ser publicada em detalhes na edição de amanhã (05) da Science – consiste de um crânio e uma mandíbula pertencentes a um indivíduo que viveu há 1,7 milhão de anos.

  Os fósseis foram encontrados em um sítio arqueológico em Dmanisi, na Geórgia. No mesmo local, pesquisadores já haviam descoberto há dois anos dois outros fósseis de homídeos, que também seriam os primeiros Homo erectus ou Homo ergaster, datados de 1,8 milhão de anos. (AP)

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