Miguel Rojo/AFP
Eufóricos, centenas de uruguaios de todas as idades invadiram a avenida principal de Montevidéu para comemorar a classificação de sua seleção para as oitavas de final no Mundial da África do Sul, sonhando com uma vitória que, afirmam, “desta vez é nossa”.
A seleção “foi com tudo”, desmancha-se Pablo, de 17 anos, que assistiu no colégio ao jogo contra o México, que a Celeste venceu por 1-0 em Rustenburgo, selando a passagem dos sul-americanos para as oitavas.
“Nunca vimos o Uruguai vencer um Mundial”, diz, emocionado, pulando ao lado dos colegas.
E até onde vão chegar os celestes?
“Já vemos (o capitão Diego) Lugano levantando a Copa”, revela.
“Estamos aí, estamos a quatro jogos!” de ganhar o campeonato, grita um jovem que passava buzinando em sua caminhonete.
Leticia, de 20 anos, assistiu ao jogo em casa, ao lado da família.
“Deixamos meu avô chorando de emoção e descemos para festejar”, contou. “O Uruguai chega à final este ano. Já superamos tudo, desta vez é nossa” a vitória na Copa, assegura.
Com os rostos pintados com a bandeira do Uruguai, Tomás e Germán, de 13 anos, assistiram ao jogo no colégio e juram que os celestes serão “campeões do mundo”.
“Um jogaço”, diz Diego, de 19 anos, também otimista: “o próximo vencemos, seja a Grécia ou quem for”.
As TVs invadiram escolas, colégios, escritórios e bares na fria manhã da capital uruguaia, cujas ruas ficaram desertas enquanto rolava o jogo contra o México.
Mas após o apito final, que confirmou a vitória uruguaia e sua liderança no grupo A, o som das buzinas tomou conta da cidade e uma chuva de papel picado lotou as calçadas.
“É a primeira vez na vida que vejo o Uruguai vencer sem usar a calculadora”, diz um funcionário de um escritório do centro.
O Uruguai não passava para as oitavas de final de uma Copa do Mundo desde o Mundial da Itália-1990.
A última atuação de destaque dos ‘charrúas’ em um Mundial foi no México-1970, quando eles chegaram às semifinais, após ser campeões do mundo em 1930 e 1950.