Estados Unidos querem treinar e equipar exército libanês

Os Estados Unidos planejam ajudar no treinamento e equipar o exército do Líbano, para que o governo libanês possa tomar o controle de todo o território quando a guerra entre o Hezbollah e Israel terminar, anunciou nesta quinta-feira (3) o Departamento do Estado. O programa foi aprovado pelo secretário de Defesa, Donald H. Rumsfeld, e a secretária de Estado, Condoleezza Rice, e deverá ser instaurado "assim que houver condições que nos permitam", disse o porta-voz Sean McCormack.

McCormack não divulgou detalhes sobre qual equipamento será oferecido, como será o treinamento, quantos americanos estarão envolvidos ou de quanto será o custo do programa. Outras nações também irão ajudar, segundo McCormack, já que diplomatas americanos consultaram a França e outros países integrantes da Organização das Nações Unidas (ONU) que trabalham na resolução para o cessar-fogo de Israel.

Segundo o porta-voz da Casa Branca, Tony Snow, a resolução do cessar-fogo deverá sair até o final desta semana, ou no início da próxima. McCormack disse também que Rice está trabalhando junto a outros governos para chegar a um acordo de cessar-fogo que "seja sustentável". Isto incluiria desarmar o Hezbollah, medida já ordenada pelo Conselho de Segurança em 2004, além do envio de forças multinacionais para manter a paz no sul do Líbano.

As nações que deverão contribuir com o envio de tropas deverão se reunir na próxima semana na ONU. O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse que não pretende enviar tropas americanas junto às forças multinacionais, mas que os Estados Unidos contribuirão com a logística, a comunicação e outros tipos de apoio.

O general John Abizaid, que lidera o Comando Central americano, disse ao Comitê de Forças Armadas do Senado que as forças armadas do Líbano "precisam de uma significante melhora nos equipamentos e na capacidade de treinamento, e acredito que as nações do Ocidente, particularmente os Estados Unidos, poderão ajudar". Sobre a perspectiva do final da guerra, ele disse que a paz "nunca irá servir para o Líbano se, após um período, o Hezbollah tiver uma capacidade militar melhor que as forças armadas libanesas".

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