Fazendo parte do calendário de eventos da cidade, as tradicionais Feiras de Natal das Praças Osório e Santos Andrade fazem a festa de pelo menos 225 microempreendedores artesanais de Curitiba. A feira, que começou na última quarta-feira e se estende até o dia 23 de dezembro tem horários de funcionamento diferenciados. Na Praça Osório, a feira ficará aberta de segunda a sábado, das 10h às 22h e, aos domingos, das 14h às 19h. Na Santos Andrade, o horário de funcionamento será de segunda a sábado das 10h às 20h e das 10h às 18h, aos domingos.
Expondo há 4 anos na Praça Osório, a artesã Alexandra Ripinskas investou R$ 20 mil nos produtos da marca Sonharte Artesanatos que vende na feira. São luminárias e enfeites de Natal. As luminárias, feitas com casca de pinhão num trabalho minucioso, custam entre R$ 250 e R$ 700. “Os turistas adoram”, observa a artesã. Alexandra comercializa seus produtos em outras épocas do ano pela internet. “Este é o único evento que participo. Espero que este ano valha a pena, senão vou chorar”, brinca.
Entre o artesanato das etnias que compõem a colonização de Curitiba, há várias peças de tradição natalina dos poloneses e ucranianos, por exemplo. A artesã Nádia Onyskiewicz faz louça com motivos poloneses. Também seguindo a tradição, a artesã Cecília Fernandes Henning veio de Rio Negro com as malas cheias de artesanato feito em palha, típico da região. Ela participa há 17 anos da feira da Osório. Os preços das peças variam entre R$ 5 e R$ 150.
Com menos experiência de feira, mas não com menos expectativa, a produtora de eventos desempregada Ana Carolina Pacheco participa junto com a mãe, Ivelise, pela primeira vez do evento. “Estamos muito otimistas. Percebi que vem muita gente de fora e isto está nos animando muito”, avalia. De acordo com ela, a produção dos produtos começaram em setembro e enquanto a mãe fica em casa produzindo, ela fica na barraca vendendo. “Apesar de estar no início, o movimento está muito bom”, elogia.
Culinária
Além dos artigos de artesanato, os visitantes também podem experimentar pratos típicos da culinária das mais diversas etnias que compõem a cidade. A maior feira fica na Praça Osório, com 60 barracas. Dessas, 22 são destinadas à gastronomia. Na Praça Santos Andrade foram montadas outras 14, sendo sete exclusivas para a gastronomia, uma para artesanato culinário e as demais para artesanato em geral.
Tradicional em todas as feiras de Curitiba, a barraca da baiana Danila Vargas participa há 24 anos de oito feiras noturnas da cidade. Pelo menos 15 pessoas trabalham em cada uma das barracas. Ao todo, a família vende cerca de 2,5 mil acarajés por mês nas feiras. “Temos uma cozinha industrial para preparar tudo”, conta Danila.
De acordo com ela, trabalhar com comida em praça pública não é fácil. “A Vigilância Sanitária é muito rígida e passa pelo menos três vezes por semana para inspecionar. Penso que é mais seguro comer na rua que nos restaurantes”, observa. Entre os itens mais vendidos estão o acarajé e a tapioca. O acarajé, por exemplo, custa entre R$ 12 e R$ 25, dependendo do acompanhamento.
Serviço
Praça Osório:
De segunda a sábado, das 10h às 22h e, aos domingos, das 14h às 19h.
Santos Andrade:
De segunda a sábado das 10h às 20h e das 10h às 18h, aos domingos.