A queda dos preços das commodities e a retração das atividades do setor químico provocaram a redução no resultado das vendas industriais paranaenses em maio. Mesmo com a alta de 12 dos 18 gêneros pesquisados, o faturamento do setor no mês apresentou retração de 1,29%, em relação a abril. Maio foi o segundo mês consecutivo de queda nas vendas da indústria do Paraná. No acumulado do ano, contudo, o faturamento apresenta pequena alta, de 1,63%, em relação aos cinco primeiros meses do ano passado. Em 2003, o setor industrial apresentou resultado negativo de 12,1%.
De acordo com o Departamento Econômico da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), a tendência, caso se confirme a série histórica, é que a partir de junho aconteça um reaquecimento da economia, com crescimento das vendas no segundo semestre.
A previsão da Fiep leva em conta o aumento da atividade econômica da região Sudeste. Os sinais deste aquecimento são percebidos nos índices de destino das vendas paranaenses. No acumulado do ano, as indústrias do Paraná venderam 11,54% a mais para os outros estados brasileiros. Em maio, a alta foi de 2,49%.
Por outro lado, as vendas internas tiveram queda de 8,75% nos primeiros cinco meses de 2004, sendo que em maio a redução foi de 2,35%. De janeiro a maio, também houve queda de 0,27% no resultado das vendas internacionais. No mês, o faturamento com as exportações foi 0,73% maior do que em abril.
Gêneros
Dos 18 gêneros pesquisados, os itens que mais cresceram em maio foram Metalúrgica (11,05%), Mobiliário (9,85%) e Material de Transportes (6,45%). Os três setores com as maiores quedas foram Bebidas (-29,07%), Editorial e Gráfica (-12,81%) e Vestuário, Calçados e Artefatos de Tecidos (-10,27%).
No acumulado do ano, o maior destaque, pelo quinto mês consecutivo, é o segmento de Material Elétrico e Comunicações, que cresceu 90,99%. No setor de Bebidas a alta é de 35,20% no ano, apesar da redução de maio, causada pela mudança de estação.
Compras
As compras do setor industrial apresentam queda de 6,24% no acumulado do ano, mesmo com o crescimento de 4,98% em maio. No mês, os itens mais comprados foram Produtos Farmacêuticos e Veterinários (33,40%), influenciados pela vacinação animal, e Material de Transportes (27,52%). Já os menos adquiridos foram dos setores de Perfumaria, Sabões e Velas (63,12%), Têxtil (16,19%) e Vestuário, Calçados e Artefatos de Tecidos (11,84%).
O nível de emprego acumulado caiu 0,35%. No entanto, em maio houve aumento de 0,68% no número de contratados, na comparação com abril. Das 18 áreas pesquisadas, oito ofereceram mais empregos.
Em maio cresceu a massa salarial líquida em 1,37%, sobre abril deste ano. No mesmo período, o setor industrial gastou 4,62% mais horas na produção, apesar da capacidade instalada cair dois pontos percentuais, ficando em 76%.