Protesto

Trabalhadores pedem redução na jornada

Trabalhadores de diversas categorias se reuniram ontem, em várias regiões do país, para a realização da Jornada Nacional de Lutas. Várias bandeiras foram levantadas em inúmeros protestos e manifestações.

Em Curitiba, integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Assembleia Popular, Via Campesina, entre outras entidades, promoveram uma grande mobilização na praça Santos Andrade. Posteriormente, foi realizada uma caminhada pelas ruas do centro da cidade, com término na Boca Maldita.

Como em outras mobilizações já ocorridas na capital, uma das principais questões defendidas pelos trabalhadores era a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, sem redução de salários. .

Segundo estimativa dos movimentos sociais, isto iria gerar, de forma imediata, cerca de 2,2 milhões de novos empregos no país (102 mil no Paraná). “A redução também iria contribuir com a qualidade de vida e melhor formação do trabalhador, que teria mais tempo para se capacitar”, comentou o coordenador dos movimentos sociais e assessor do Sindicato dos Bancários de Curitiba, Gustavo Erwin.

Outra reivindicação era relativa à reforma agrária, principal motivo de luta do MST, que vem realizando manifestações pela capital desde o início da semana. “Entendemos que não há como haver crescimento econômico se não houver uma justa distribuição das terras para maior produtividade. Os debates sobre a questão da reforma agrária são essenciais”, disse a secretária geral da CUT, Marisa Stédile.

Outras bandeiras levantadas foram o fim das demissões, o fim do superávit primário, a redução das taxas de juros, manutenção dos direitos sociais e trabalhistas, reforma urbana, defesa da moradia, valorização do salário mínimo e fim das privatizações. .

A Petrobras e o pré-sal também não foram deixados de lado. “Queremos que a Petrobras seja 100% pública e estatal. O governo brasileiro não pode permitir que empresas brasileiras explorem o petróleo nacional”, afirmou Marisa.