Protesto contra IECSA completa primeiro mês

Acaba de completar um mês o protesto que proprietários de 164 empreiteiras, de diferentes regiões do Paraná, realizam em frente ao prédio da Brasil Telecom, no bairro Mercês, em Curitiba. Ontem, eles promoveram uma grande manifestação no local, envolvendo funcionários e crianças, num total de cerca de 150 pessoas.

Os empreiteiros prestavam serviços à empresa IECSA-GTA, que por sua vez é prestadora de serviços da Brasil Telecom. Eles se queixam que estão sem receber desde outubro do ano passado, não podendo pagar seus funcionários. “São cerca de dois mil funcionários, que realizaram seus trabalhos de forma correta e eficiente, e estão sem pagamento. Não temos como quitar nossas dívidas com eles, pois também estamos sem receber”, afirma o proprietário da empreiteira Fatcel, de Curitiba, José Gomes.

Em busca de soluções, os empreiteiros dizem ainda não ter conseguido descobrir se a Brasil Telecom efetuou o pagamento à IECSA-GTA, que deveria ter feito um repasse às empreiteiras prestadoras de serviço. “Queremos saber se foi a Brasil Telecom que deixou de pagar a IECSA ou se a IECSA, agindo de má fé, embolsou o dinheiro, deixando de repassá-lo aos empreiteiros”, explicam os manifestantes. “Até agora, uma empresa está empurrando o problema para a outra e ninguém nos dá um posicionamento correto”.

Segundo o supervisor da empreiteira Fonatil, do Norte do Estado, alguns proprietários estão vendendo seus bens para quitar as dívidas com os funcionários. “Sei de proprietários de empreiteiras que estão tendo que vender tudo o que têm para não deixar que seus trabalhadores passem fome”, declara.

No fim da tarde de ontem a Brasil Telecom divulgou uma nota onde afirma que cumpriu tudo o que estava previsto na carteira de trabalho e no termo de rescisão contratual entre a IECSA-GTA e seus colaboradores. O Estado não conseguiu localizar a empresa IECSA-GTA.(Colaborou Elizangela Wroniski)

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