Paraná ainda é segundo em exportações

Os números da balança comercial de julho, divulgados ontem pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, mantêm o Paraná como segundo maior exportador do País, atrás apenas de São Paulo. Dessa forma, o Paraná já responde por quase 20% do superávit da balança comercial brasileira, acumulado entre janeiro a julho deste ano.

De acordo com a Secretaria, o Paraná contribuiu com US$ 3,4 bilhões dos US$ 18,5 bilhões, obtidos pelo Brasil nas exportações desse período. No fim do ano passado, a proporção era de 10%.

Nos sete primeiros meses do ano, as exportações paranaenses alcançaram US$ 5,6 bilhões, crescendo 43,17% sobre o mesmo período de 2003, quando ficou em US$ 3,9 bilhões. Já as importações, cresceram apenas 14,57%, subindo de US$ 1,9 bilhão para US$ 2,2 e ampliando o superávit paranaense.

Com o resultado positivo, o Centro Internacional de Negócios, vinculado à Fiep, está revendo a previsão de exportações de 2004. “Estamos saindo de uma visão conservadora, para uma positiva. A estimativa de US$ 8 bilhões foi revista para US$ 9 bilhões”, diz o coordenador do CIN, Osvaldo Pimentel.

Esta revisão das exportações leva em conta o acumulado dos últimos doze meses (agosto 2003 a julho de 2004). Neste período, as exportações paranaenses acumulam US$ 8,8 bilhões, valor 23,67% maior ao patamar registrado em julho de 2003, que registrava US$ 7,1 bilhões.

Elevação de preços

A alta nas exportações leva em conta o aumento das cotações internacionais de produtos tradicionais da pauta paranaense. Em julho, os produtos semifaturados de ferro e aço venderam mais 161%, subindo de US$ 11,3 milhões para US$ 29,6 milhões, tendo ao mesmo tempo uma alta nos preços de 62,5% no mercado internacional.

Outros produtos também tiveram alta nos preços internacionais. Japão e China, tradicionais compradores paranaenses, estão pagando 15% mais pela carne de frango e 40% mais pela carne suína. Já Itália, Espanha, Coréia e países do Leste europeu estão comprando o milho com alta de 16,05%. Este produto teve um crescimento de produto embarcado de 155,42%.

No complexo de soja, houve alta de 29% no preço do grão, 26% no de farelo e 10% no do óleo. Já o volume de grãos vendido teve queda. Até julho de 2003, o Paraná vendeu 3,8 milhões de toneladas e faturou US$ 781,7 milhões. Neste mesmo período de 2004, foram vendidos 3,6 milhões de toneladas e o faturamento alcançou US$ 1,03 bilhão.

Além do crescimento dos produtos básicos e dos semimanufaturados, também aumentou o volume de mercadorias industrializadas. Entre os destaques deste setor estão a ampliação de vendas de tratores (182%), máquinas de colheita (188%), circuito de telefonia (870%), painéis de MDF (618%), automóveis a diesel (266%), entre outros.

China

Até julho, a China manteve a primeira posição de parceiro do Paraná, superando os Estados Unidos. A China comprou US$ 827,4 milhões em produtos paranaenses, enquanto os EUA ficaram com US$ 679 milhões. Os chineses compraram 68,22% mais e os americanos adquiriram 21,68% mais no período.

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