Onda pessimista não se sustenta e risco-País cai

A onda pessimista que abalou anteontem o mercado brasileiro perdeu força nesta sexta-feira. O dólar fechou em queda de 0,37%, negociado a R$ 2,909, mas acumulou uma alta de 0,83% na semana. Já a Bovespa encerrou o pregão com ligeira alta de 0,14%. O risco-país operou em queda, abaixo dos 600 pontos.

Anteontem, a moeda americana teve a segunda maior alta do ano. A Bovespa despencou mais de 2%, e o risco brasileiro disparou 11% para o maior nível desde outubro. Isso ocorreu após o banco americano JP Morgan piorar avaliação sobre títulos do País. Ontem, outro banco americano, o Citigroup, rebaixou sua recomendação para os papéis brasileiros. Em comum com o JP Morgan, o maior conglomerado financeiro do mundo citou a preocupação com uma alta do juro nos EUA neste ano.

Mas outras instituições estrangeiras, como o banco alemão WestLB, mantiveram sua previsão de crescimento do PIB brasileiro de, pelo menos, 3,5% neste ano.

Para analistas, os títulos americanos tendem a ficar mais atrativos para os investidores com uma alta das taxas. Isso provocaria uma saída de recursos de países emergentes, como o Brasil, que ficaria vulnerável com a fuga de dólares, aumentando as dúvidas dos credores sobre o pagamento da dívida pública.

“Ainda há sinais negativos no horizonte: o governo continua parado, sem conseguir cumprir acordos com os aliados, há as greves dos funcionários públicos, os protestos do MST, além da agenda legislativa paralisada no Congresso”, afirma o economista da gestora de recursos ARX Capital Management, Alexandre Sant?Anna.

Na próxima semana, o mercado financeiro ficará de olho na divulgação da ata do Copom (Comitê de Política Monetária), que divulgará as justificativas para o corte do juro.

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