São Paulo
– Mais duas montadoras programaram férias coletivas para seus empregados. O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba informou que a Volkswagen/Audi programou férias coletivas de dez dias para os 2.500 metalúrgicos da unidade de São José dos Pinhais, a partir de 30 de junho. A Renault deverá parar a produção no período de 14 a 23 de julho, concedendo férias a seus 2.800 funcionários.Até quinta-feira, estavam confirmadas férias coletivas na Fiat e na fábrica da General Motors (GM) em São Caetano do Sul. A Fiat vai dar férias de dez dias a apenas 500 de seus oito mil funcionários. Na GM, seis mil dos oito mil trabalhadores entram em férias de dez dias, a partir do próximo dia 23.
Apesar das paralisações previstas, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e da Grande Curitiba negam que as férias coletivas sejam motivadas pela queda de vendas do setor. O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba informou que a interrupção da produção da Renault em julho ocorre todos os anos. No caso da Volkswagen, a entidade diz que a paralisação servirá para que sejam feitas mudanças na linha para a produção do Tupy, que deve começar a ser vendido no mercado interno a partir de setembro.
O vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, José Lopes Feijó, negou que o setor automobilístico esteja em crise. Segundo ele, a queda de vendas no mercado interno foi amplamente compensada pelo aumento das exportações. O sindicato e as montadoras deverão apresentar ao governo em 15 dias um plano de metas para o setor, que prevê aumento de produção e vendas. O objetivo é atrair para o mercado de carros mil cilindradas, famílias com renda até seis salários mínimos, hoje, excluídas do mercado.
? Não concordo que haja uma crise. Se somarmos as vendas internas e as exportações, veremos que o volume é melhor do que o do ano passado. Os lucros das exportações estão em bons patamares e o setor está compensado ? disse Feijó, para quem as férias coletivas anunciadas pela General Motors e pela Fiat são ajustes localizados.