Monitoramento contra a ferrugem

O monitoramento semanal nas lavouras de soja, implementado pelo Consórcio Nacional Anti-Ferrugem e realizado desde novembro no Paraná, identificou a existência de 60 casos. Deste total, 31 estão presentes em lavouras comerciais e o restante, em canteiros de germinação natural e em unidades de alerta. "Na região de Londrina, que integra 19 municípios com 245 mil hectares de soja, a doença foi constatada em apenas quatro lavouras comerciais instaladas em Prado Ferreira, Sertanópolis, Primeiro de Maio e Londrina", assegura o engenheiro agrônomo Alcides Bodnar, da Emater, vinculada à Secretaria da Agricultura e do Abastecimento.

Para Bodnar, a incidência pode ser considerada baixa em relação à área cultivada na região e no Estado. É também resultado da integração de todos os segmentos produtivos da soja, que mantém estimulados os sojicultores para a prática do monitoramento em suas lavouras. "A maioria das lavouras está entrando na fase de floração (considerada R1 e R2) e ao levar em conta que esta fase é crítica, por ser mais suscetível à doença, e a ocorrência de chuvas freqüentes, o momento é de alerta total para evitar aumento no custo de produção, provocado pela decisão incorreta e sem parâmetros técnicos no controle da ferrugem asiática", assegura Bodnar, condenando as aplicações preventivas, sem a identificação efetiva da doença na lavoura.

Os integrantes do Consórcio Nacional Anti-Ferrugem já identificaram a ferrugem asiática em 113 município das regiões produtoras de soja de 10 estados, com 53 casos em lavouras comerciais, atesta o último relatório, emitido em 3 de janeiro. O documento é do Sistema de Alerta, mantido pelo Governo Federal através da Embrapa Soja e apoiado pelo SOSsoja da Bayer e canteiros syntinela da Syngenta, com a participação no campo dos serviços oficiais de extensão rural, cooperativas agropecuárias, sindicatos, sociedades rurais e demais empresas que atuam no setor prestando orientação técnica de monitoramento ao sojicultor brasileiro.

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