Moeda rompe a barreira dos R$ 2,50

O dólar rompeu nova barreira ontem ao fechar abaixo dos R$ 2,50. A moeda norte-americana caiu 0,71% e terminou o dia vendida a R$ 2,493, menor cotação desde 21 de maio de 2002, quando fechou a R$ 2,482. A moeda norte-americana abriu em baixa e ampliou a queda principalmente depois que o Fed (Federal Reserve, BC dos EUA) anunciou o aumento esperado de 0,25 ponto percentual no juro norte-americano, para 3% ao ano. Também pesou positivamente no mercado o anúncio do Fed de que o ritmo de alta dos juros deve continuar moderado nos EUA.

O dólar baixo, porém, pode gerar algumas altas pontuais, pois atrai compras de divisas. Mas a tendência de queda da moeda permanece, por conta da ausência do Banco Central no câmbio e dos bons resultados da balança comercial, avaliam analistas.

A autoridade monetária não compra divisas desde o dia 16 de março, e há sete semanas não realiza leilão de ?swap reverso?, operação em que o BC oferece aos investidores (em geral, grandes bancos) contratos com remuneração atrelada aos juros (Selic) em troca (?swap? em inglês) da variação do câmbio em um determinado período.

Desde 16 de março, última vez que o BC atuou no mercado, o dólar já acumula queda de 9,8%.

Leilão

O Banco Central informou, no início da noite de ontem, que não fará hoje o leilão semanal de venda de contratos cambiais (?swap reverso?). Desde o dia 9 de março, o BC não promove esse tipo de operação, que tem o efeito de uma compra de divisas no mercado futuro.

Esta é a 8.ª semana consecutiva em que o BC não faz o chamado leilão de ?swap reverso?. O primeiro foi realizado no dia 2 de fevereiro.

Neste tipo de operação, o BC oferece aos investidores (em geral, grandes bancos) contratos com remuneração atrelada aos juros (Selic) em troca (?swap? em inglês) da variação do câmbio em um determinado período.

O contrato é chamado de ?reverso? porque o normal é o contrato oferecer a variação do dólar em troca da oscilação dos juros.

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